(Resenha) Ana Vichenstein - A Feiticeira da Mente - Ana Crisóstomo

Título: Ana Vichenstein - A Feiticeira da Mente

Autora: Ana Crisóstomo

Editora: Chiado Editora

Edição: 1

Ano: 2010

Páginas: 302

Literatura estrangeira/Portugal

Sinopse: Ana Vichenstein é uma adolescente de 13 anos de idade, órfã de mãe, que estuda no mesmo colégio desde os seus seis anos de idade. Excelente aluna, óptima cantora e dançarina e ainda uma excelente pessoa. Tudo isto poderia ser comum a um grande número de adolescentes, não fosse ela uma feiticeira da mente. No mundo de Ana existem três categorias de feiticeiros, todos eles com as suas qualidades e as suas limitações: os feiticeiros da mente, os feiticeiros com manopoderes (nas mãos) e os feiticeiros da varinha. Não se pense que os feiticeiros conseguem ser aceites na sociedade. Eles vivem à margem, encobertos por detrás de um colégio comum, onde estudam tanto alunos feiticeiros como os outros não-feiticeiros. Durante o dia convivem entre si com aulas comuns. A partir da hora de saída dos alunos não-feiticeiros, as aulas de magia são leccionadas numa secção específica do colégio. Ana entrou naquele colégio sem saber a verdadeira razão. A sua mãe foi morta para a conseguirem colocar naquele sítio a estudar. O seu pai divorciara-se da sua mãe ainda antes deste acontecimento fatídico. Encontra-se sozinha no mundo. Tudo parece correr bem até que alguns acontecimentos insólitos assolam a vila de Cascais, próximo da zona de Sintra onde fica o Colégio…

*** 

Ana após presenciar o assassinato da mãe é levada para este colégio onde todas as suas habilidades serão desenvolvidas. Ela é uma feiticeira da mente assim como Vicktor o seu namorado.

Eles passam os dias tendo aulas normais e as que irão potencializar seus dons de magia.

Como ela foi abandonada pelo pai não consegue perdoá-lo quando ele finalmente volta a fazer parte da sua vida. Mas o laço de sangue fala mais alta e eles acabam por se entender.

Todos os magos do colégio, alunos e professores, assim como os pais dos alunos precisam se unir para impedir que outro jovem se torne um tirano tanto dos feiticeiros quanto dos simples humanos.

Ana além de ser uma poderosa feiticeira da mente capaz de se igualar e até superar seus professores também tem um dom especial cobiçado por seu primo Pedro.

Esta é uma guerra de família.

Apesar da pouca idade Ana já passou por muito sofrimento e teve que aprender a lidar com a perda muito cedo. Isso a transforma mas não a impede de amar.

Seu namoro com o Vicktor a torna mais forte. Ver o desenvolver deste relacionamento é apaixonante. Que menino especial.

O desfecho da trama me deixou chocada pois não esperava que algo assim pudesse acontecer. Fiquei esperando ver uma mudança mas infelizmente ela não aconteceu e eu tive que aceitar que nem todos têm direito ao final feliz.

A capa deste livro irá fazer os leitores ficarem indecisos quanto a ser uma foto da Ana ou uma da sua mãe pois na história Ana tem somente 13 anos. Será que podemos esperar uma continuação para explicar esta incógnita? 

A linguagem é o português de Portugal por isso muitas pessoas aqui no Brtasil podem se sentir estranhos ao ler algumas palavras usadas por nossos patrícios mas não impede em momento algum o entendimento da história.

Ana teve que passar por muitas provas da vida: a morte violenta da sua mãe; o abandono do pai e consequentemente o perdão; aceitar seus poderes; que nem sempre quem faz parte da nossa família é confiável; e o seu namoro com o Vicktor.

A cada superação uma nova etapa precisava ser atravessada e seus poderes foram ficando mais fortes.

Fiquei com uma sensação que não era somente isso que a Ana tinha para aprender. Que ainda teremos mais notícias desta feiticeira da mente especial.

Um dos personagens secundários que mais gostei foi o professor Frederick. Ele soube levar a Ana ao seu limite e se superar. Além de ter sido um pai para ela na ausência do original.

O Destino nos mostra que nem sempre o que desejamos que aconteça é o que irá trazer o amadurecimento necessário para a nossa evolução. Temos que passar pelas perdas. Descermos até o fundo do poço e aprendermos a subir. A dor é uma grande mestra. Vai depender do aluno qual a intensidade que ela alcançará na sua alma.  

Um leve bater de asas     para todos!!!!

Khrys Anjos