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sexta-feira, 26 de julho de 2019

(Resenha) Código Vermelho - Qual é a verdade por detrás do mito? - Ana Cristina Vargas

Título: Código Vermelho - Qual é a verdade por detrás do mito?

Autora: Ana Cristina Vargas

Ano: 2019

Páginas: 288

Editora: Vida e Consciência



Sinopse: Ele era uma pessoa sob os holofotes e outra na vida privada e experimentava uma estranha dualidade de caráter, influenciando milhões de pessoas. Aos olhos da multidão, foi um soberano, um vencedor, alguém que, saído do anonimato, se tornou um mito. E, se você pudesse ver o íntimo dele, ouvir suas confissões, conhecer seus amores e segredos? E se pudesse conhecê-lo após a morte do corpo físico, na outra dimensão da vida, no astral? Esta história nos faz questionar o que vemos, nos propõe uma visão longe dos mitos, reforça a importância da autenticidade e nos mostra que o sucesso tem um conceito diferente sob o ponto de vista da espiritualidade.



***



A primeira questão a se destacar sobre esta obra é que ela não se trata de um romance ou de uma biografia.

Temos então um relato do que aconteceu com uma das personalidades mais conhecidas, arrisco até a dizer que a mais conhecida, em todo o planeta ao chegar no plano espiritual após o seu desencarne.

Posso dizer que é um material riquíssimo para ajudar as pessoas a refletirem sobre o modo como elas vêem os outros e as consequências que estas visões deturpadas acarretam na nossa vida.

Farei como a autora e não revelarei o nome pelo qual o personagem desta trama ficou conhecido e reverenciado por milhões de pessoas ao redor do mundo. Deixarei para quem for ler a obra descubrir quem é este mito.

O meu intuito ao não dizer de quem se trata é para mostrar que este não é um caso isolado. Pelo contrário. Acontece deste que o homem criou as religiões.

O ser humano ainda necessita idolatrar alguém para assim poder caminhar. Deposita toda a sua fé numa pessoa que erroneamente acredita ser um homem superior e que o ajudará a encontrar o caminho que o levará a Deus.

E como a igreja viu nesta carência a sua chance de arrebanhar os fiéis começou a santificar os homens e mulheres que de alguma forma se tornaram pessoas públicas cujas histórias foram manipuladas para ocultar o que realmente aconteceu.

No caso deste mito que foi transformado em santo a manipulação foi feita por ele mesmo que criou um personagem e executou o trabalho de ator de maneira esplêndida.

Sei que muitas pessoas ficarão chocadas com as revelações contidas nesta obra e que até julgarão como blasfêmia a história. Mas tenho certeza que a sementinha da dúvida irá brotar na mente e no coração de muitos leitores. Pelo menos é o que eu desejo que aconteça.

Nós estamos no meio de um processo de transição planetária que, dizem, nos levará a outro patamar de mentalidade da raça humana. Então os véus com os quais olhamos para as pessoas precisarão ser arrancados dos nossos olhos.

Não estou dizendo que devemos todos virar ateus e deixarmos de crer no que passamos milênios nos iludindo. Até porque uma mudança tão radical de pensamento pode levar a loucura.

O que estou sugerindo é que temos que ter extremo cuidado com a escolha que fazemos de quem conduzirá a nossa vida. Não podemos entregar este poder nas mãos de outra pessoa.

Uma pergunta simples que requer uma resposta complexa: o que é ser santo?
Qual é o conceito de santidade para que um ser humano seja classificado como santo em detrimento de outra pessoa? Como é feita a “escolha” de quem será canonizado ou consagrado santo pela igreja?

Já pararam para se perguntarem quais sãos as respostas para estas questões? Se ainda não fizeram recomendo que o façam.

Temos que aprender a separar a religião da religiosidade de quem a comanda. Na minha concepção religião deveria ser a ponte que nos religa a Deus no período em que estamos encarnados.

Mas infelizmente não é isso que vemos acontecer. Os fatos ao longo da História da humanidade são provas irrefutáveis disso.

Um exemplo: a Inquisição imposta pela igreja católica que exterminou centenas de mulheres por supostamente serem bruxas. Outro exemplo: perseguição aos judeus realizada pela igreja (os nazistas não foram os primeiros a matá-los. Somente o fizeram de maneira direta e sem se importarem em chocar o resto do planeta). Mais um exemplo: as Cruzadas da Era Medieval onde milhares de pessoas foram brutalmente mortas em batalhas que a igreja promoveu com a “desculpa” de serem necessárias para Deus.

Ao “reproduzirem” os ensinamentos deixados por Jesus os criadores das religiões os interpretaram da maneira que melhor servissem as suas conveniências.
Vou relatar aqui a minha experiência: eu não sigo nenhuma religião criada pelo homem. E não sou atéia. Pelo contrário. Quando me perguntam qual é a minha religião eu simplesmente digo que é Deus. Isso é algo que trago desde a minha infância. Nunca me confessei para um padre e nunca o considerei um ser superior a mim.

Na minha concepção padre ou pastor é uma profissão já que eles recebem salário, mesmo que não seja declarado como tal, para estarem no comando de uma igreja.

Uma coisa que ouço demais e que me entristece é a pessoa declarar que vai a igreja por obrigação. “Não posso ir a tal lugar com você porque tenho que ir a igreja hoje”. eu preferia ouvir a pessoa me dizer isso “Não irei sair com você hoje porque eu quero ir até a minha igreja para receber um pouco das bênçãos que são administradas pela espiritualidade naquele local”.

Como podem perceber a leitura desta obra é para auxiliar os leitores a retirarem os véus que o fazem se tornarem cordeirinhos guiados por lobos extremamente famintos.

A idolatria, seja por um padre, um papa, um guru, um cantor, um ator, um escritor, um músico, uma mãe ou qualquer outra pessoa, leva diretamente ao fanatismo. Cria-se um pedestal, coloca-se o outro no centro dele e o fanático orbita ao redor deste ser bebendo de suas palavras e crendo que tudo o que ela diz é verdade e deve ser seguida sem nenhum questionamento.

Não existe um único ser humano que não possua defeitos nem que aja sem “pecar”. Por isso Jesus disse: “Quem nunca pecou que atire a primeira pedra”.

Na antiguidade os mitos eram seres considerados imortais ou de outros mundos. A mitologia grega, a celta, a romana e as demais estão repletas deles.

Mas infelizmente os representantes da igreja resolveram que deveriam criar outro tipo de mito. Adestraram a humanidade para reverenciar e endeusar meros mortais que não passam de ilusões.

No relato desta obra somos convidados a pensar por nós mesmos e decidirmos o que é verdade e o que é mentira sobre a vida daqueles que parecem ser santos.
Vários assuntos são postos em debate: o celibatário realmente existe? 

Teoricamente sim. Mas depois de tantos casos de pedofilia e abusos sexuais praticados por padres (cujas histórias milagrosamente desaparecem dos noticiários) fica impossível continuar a crer nesta ilusão. O celibatário só seria viável se o padre for assexuado.

E os abusos não são cometidos apenas por padres. Pastores, gurus e dirigentes de casas espíritas também os praticam.

Um ponto interessante colocado nesta trama, que poucos irão parar para refletir, é sobre a maneira como o Padre Pio lidava com o perdão. O meu modo de ver este tema é exatamente igual.

Não é porque uma pessoa vai até um padre, ou com quem ela resolva se confessar, que deve receber o perdão pelo seu pecado. Existe uma enorme diferença entre falar e sentir o arrependimento pelo ato errado praticado. Palavras são voláteis. Sentimentos não.

E foi esta falta do sentimento que levou este mito idolatrado por milhões a ter a sua última encarnação declarada falida. Uma vida literalmente perdida e desperdiçada. Veio com uma missão e se desviou tanto do caminho que se perdeu dele mesmo. Um exemplo de quando um criador de monstros se torna o próprio monstro.

A questão que fica pairando no ar é: será que a humanidade está preparada para enxergar de verdade os seus mitos, santos e ídolos?

Esta obra é realmente um material riquíssimo para estudos. E eu realmente espero e desejo que muitos véus sejam arrancados para que as pessoas aprendam a andar com as próprias pernas sem precisarem de muletas ou cadeiras de rodas na forma de mitos ilusórios.

Você está preparado para esta mudança? A deseja? Então realize este milagre na sua vida. Tome as rédeas do seu destino em suas mãos. Não deposite sua fé em qualquer um.

Este não é somente um Código. É um gritante Alerta Vermelho para a humanidade.    
                  


Um leve bater de asas *O:-) anjinho  *O:-) anjinho  para todos!!!!

Khrys Anjos