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quinta-feira, 24 de maio de 2018

(Resenha) Um Amor De Sete Vidas - Sérgio Chimatti

Título: Um Amor De Sete Vidas

Autor: Sérgio Chimatti

Ano: 2018

Páginas: 318

Editora: Academia



Sinopse: "Apesar de honesto e trabalhador, Diego, filho de Ruth se torna alcoólatra. Apaixonado por gatos, ele levava todos os bichanos que encontrava abandonados para casa, mas, era sua prima Cristiana quem cuidava deles. As histórias dos pais de Diego e Cristiana foram omitidas durante anos, mas o destino e forças espirituais começaram a revelar a Cristiana a verdade sobre o seu passado e de sua mãe. Como um verdadeiro amigo, o gato Café iluminava e encorajava Cristiana em cada momento de solidão e desconfiança. Nesta história, o leitor se surpreenderá com o que pode acontecer na vida após a morte, como o amor incondicional dos animais pode levar luz onde há trevas, a importância da verdade acima de qualquer coisa e como as relações familiares são um divisor de águas entre o amor e o rancor na vida de qualquer pessoa. "




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Além de serem “primos” Diego e Cristiana também compartilham a paixão pelos gatos. Ele adota e ela cuida.

No início da trama são apenas 57 fofuras reunidas na casa deles até que o Café resolve fazer uma festinha com a gata da vizinha e a engravida (detesto o termo que usam para definir a gravidez de gatas e cadelas).

A vizinha Suzana entre em crise, pois a Valeska é uma gata da raça Maine Coon e o Café é da raça mais especial que existe: um legítimo SRD (sem raça definida) vulgarmente conhecida como vira-lata.

Cristiana é gótica e pelo menos uma vez na semana vai com a tribo dela até o cemitério para declamar poesias e sentir a paz do lugar, mesmo interrompendo a calmaria com um som mortal. Enquanto os “vivos” ficam reunidos um grupo bem maior de “mortos” esperam ansiosos por estas reuniões.

Dois espíritos que participam destes recitais são peças cruciais para o desenrolar da trama. O pai e o avô da Cristiana. Os dois a acompanham durante o processo de elucidação do passado.

Por causa do vício alcoólico Diego desenvolve uma cirrose que acaba por fazê-lo retornar mais rápido para o astral. Mas como ele opta por continuar sendo dominado pelo vício se torna um vampiro e sofre as consequências desta má escolha. 
   
Cristiana descobre a verdade e se aproxima das meio-irmãs. O laço fraterno com a mãe se torna mais forte. E ela encontra de uma forma dramática aquele com quem dividirá a vida e o amor pelos felinos.

Esta obra tem como protagonistas a Cristiana e o gato Café, mas outros personagens trazem lições importantes para o leitor. Eu particularmente me identifiquei muito com o Miro. Já questionei a espiritualidade da mesma forma que ele e continuo sem uma resposta (não aprendi a me comunicar diretamente com meu anjo kkkkkkkkk).

A Fabiana permitiu que a irmã e a mãe a humilhassem durante anos, mas a morte do pai acarretou sua libertação também. Ela finalmente se permitiu ser ela mesma e assumiu a própria vida ao deixar sua essência vir à tona.

O Guilherme teve uma atitude que a maioria das pessoas acreditam ser a certa: diante de um obstáculo abandona a outra pessoa sem lhe dar sequer a chance de saber a verdade.

Nós estamos tão acostumados a fazer isso, não é? Não conversamos com o outro e decidimos sozinhos o futuro que pertence aos dois. No caso do Guilherme graças a uma ajuda especial a situação pode ser revertida e ele se casou com a sua amada. Nem todo mundo que toma uma atitude igual à dele tem esta sorte.

Vários temas desta obra servem para debates e estudos aprofundados. A filosofia de vida dos góticos; A omissão da verdade, mesmo que pareça ser para o bem, sempre causa sofrimento; A energia transmitida pelos gatos que é capaz de iluminar as trevas; A pessoa que não assume a liderança da própria vida acaba a entregando nas mãos dos outros e termina sofrendo em dobro pela covardia; Ser bonzinho não significa que devemos abrir mão de nós mesmos em prol dos outros...

Uma coisa dita na história e que eu concordo em parte é sobre a liberdade dos gatos. Sou contra manter os gatos presos e isolados da casa como a personagem Selma fez, mas também sou extremamente contra deixar o gato ter acesso a rua e a casa dos vizinhos. Infelizmente vivemos num mundo onde monstros se acham no direito de envenenar estes anjinhos. Há poucos meses tive uma das piores experiências da minha vida ao ver o gato da minha vizinha morrer depois de ter sido envenenado. Nunca esquecerei o olhar que ele me lançou e carregarei comigo a dor da impotência por não poder fazer nada para salvá-lo. Só fiquei ao lado dele para que pelo menos na hora do desencarne ele sentisse o quanto era amado.

Então quem tem um gato ou vários precisa ser um tutor responsável para que isso não aconteça com o seu bebê (assim como a Cristiana vivo chamando os cães e gatos de bebês). Muros altos, telas em volta da casa. Tudo o que for necessário para a segurança da família. E o principal é que os gatos tenham acesso livre a casa.

Outro assunto para ser estudado é como a pessoa desperta no além, aonde ela se coloca quando desencarna. Tudo depende das escolhas que fazemos ao estarmos encarnados e de como o nosso espírito é atingido por estas escolhas.

Um amor de sete vidas veio para mostrar o quanto estamos atrasados com a nossa evolução. O preconceito nos impede de enxergarmos verdadeiramente a outra pessoa.

O arrependimento por atos feitos em momentos de aflição pode nos acorrentar ao sofrimento contínuo quando desencarnamos. A mágoa que não é exposta na hora que nos atinge corrói a nossa alma. Abreviar a nossa vida ao nos depararmos com um imenso obstáculo só irá aumentar a nossa dor e não eliminá-la como desejamos.

Muitas pessoas provavelmente falarão que a Hermelinda deveria ter perdoado o Isaías. Bem, eu não serei hipócrita. Se estivesse no lugar dela também teria comemorado a morte dele.

A minha xará Cristiana pode ser considerada uma pessoa privilegiada. É gótica e apaixonada por gatos. E sua família respeita sua forma de vida e a ajuda a cuidar da gataiada.

O que mais vemos acontecer é a pessoa sofrer preconceito e bulling dentro da própria casa. Os pais não aceitam os filhos como eles são e tentam obrigá-los a serem exatamente do jeito que eles (pais) os idealizaram. E para isso acontecer muitas vezes recorrem ao terror psicológico ou a chantagem emocional.

Este é o teste mais terrível pelo qual uma pessoa tem que passar. Nem todo mundo consegue lidar bem com esta situação afinal o que é considerado normal é a família nos amar e nos apoiar de maneira incondicional. Infelizmente para alguns, isso não acontece.


Esta obra também serve de alerta. A depressão é uma doença silenciosa, mas pode ser percebida quando prestamos atenção no outro. Quando a pessoa decide se matar demonstra esta vontade em um gesto fora do comum ou através do olhar. Basta estarmos alertas para detectar e se possível ajudar a pessoa a mudar o pensamento.

O Café ensinou a Cristiana que o amor incondicional transcende barreiras. Quando um gato nos escolhe como seu pai ou mãe humana é uma honra sem precedentes. Feliz daquele que entende e aceita esta verdade.              




Um leve bater de asas *O:-) anjinho  *O:-) anjinho  para todos!!!!

Khrys Anjos

terça-feira, 15 de maio de 2018

(Resenha) Cansei de ser boazinha - Sueli Zanquim

Título: Cansei de ser boazinha

Autora: Sueli Zanquim

Ano: 2018

Páginas: 142

Editora: Vida e Consciência



Sinopse: Em pleno século XXI, nós, mulheres, estamos à beira de um colapso existencial devido aos diversos papéis que assumimos ao longo de nossas vidas. O que nos tornamos não é quem realmente somos e por essa razão criamos padrões prejudiciais, entre eles o padrão egoico do “SIM”, que nos causa tanta infelicidade e sofrimento.
Este livro, cujo objetivo é despertar as mulheres e resgatar sua essência feminina, traz relatos pessoais, técnicas e pesquisas que as ajudarão a elevar o padrão de pensamento e desconstruir essa visão de mundo irreal, libertando-as das amarras do ego e de tantos outros padrões prejudiciais.




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Esta obra não é um romance, não é uma ficção, não é um livro de autoajuda nem uma história de terror.

Este livro é um mensageiro de esperança para as mulheres, um mestre para aquelas que estão aptas a serem suas alunas, um tapa no preconceito, um incentivador da alma feminina.

Nós mulheres fomos adestradas a sermos robozinhas que dizem apenas sim e não pensam sozinhas. A maioria acaba em vez de ser uma pessoa boa se tornando uma boba.

Para ser aceita pela família, pelo marido ou pela sociedade se aniquila como pessoa e passa a viver uma vida totalmente sem sentido para ela.

Me respondam com sinceridade: quem aqui nunca disse sim quando queria dizer não para alguma coisa que lhe pediram para fazer? E o que aconteceu com a sua mente neste momento? Ficou frustrada e decepcionada por permitir que a manipulassem. Até mesmo raiva chegou a sentir, não foi?

Agora eu pergunto: para quê continuar vivendo uma situação que só traz tristeza para o seu espírito? Dizer não para as pessoas não irá te matar. Se assumir e respeitar a sua essência também não.

A autora quis mostrar através da própria experiência que somos nós que escolhemos o tipo de relacionamento que teremos com todas as pessoas com as quais convivemos.

Ser uma pessoa boa não significa abrir mão de si mesma pelos outros. Significa se amar em primeiro lugar.

Para uma relação ser considerada saudável os dois têm que aprender a eliminar o desejo de ser superior. E se a mulher não tiver a determinação de assumir o controle da própria vida acaba passando este poder para o parceiro e se anula como um ser humano.

Quem nunca ouviu uma amiga ou uma irmã reclamando que o marido ou namorado não a valoriza e que ela sempre acaba fazendo o que ele quer?

Talvez você que está lendo estas linhas esteja fazendo isso também.

Que tal começar uma mudança agora na sua vida? Diga não quando tiver vontade de dizer. Não deixe de ir a algum lugar ou fazer algo que queira fazer só para não contrariar o seu parceiro.

Se cansar de ser boazinha não significa se transformar numa má pessoa nem sair dando patada nos outros. Muito menos maltratar animais, crianças ou idosos.

Apenas que a mulher precisa estar em sintonia com a própria essência feminina; que ela tem que dar valor a pessoa mais importante na vida dela: ela mesma; que ela tem que ser não apenas boa, mas excelente primeiro para ela e depois, se quiser, para os outros.

Recomendo a leitura desta obra por todas as mulheres que ainda não aprenderam a dizer não para as pessoas. Espero que os homens que lerem este livro incentivem suas parceiras a lerem também e fazerem a mudança proposta pela autora.  


Um leve bater de asas *O:-) anjinho  *O:-) anjinho  para todos!!!!

Khrys Anjos

quarta-feira, 2 de maio de 2018

(Resenha) As portas do tempo - Thiago Trindade

Título: As portas do tempo

Autor: Thiago Trindade

Ano: 2018

Páginas: 240

Editora: Vida e Consciência



Sinopse: A vaidade e a ambição levaram dois irmãos a tecerem uma rede de ódio que cresceu e os engoliu, fazendo esses homens digladiarem-se por séculos em ambos os planos da vida. Seus amores, no entanto, jamais desistiram deles e, com muita paciência, perseverança e muito amor, impediram que o ódio crescesse. E, uma vez estagnado o ódio, surgiu a oportunidade de o amor florescer. As portas do tempo é o relato de vida de dois espíritos que provaram ódio e amor ao longo de mais de cinco séculos e aprenderam a respeitar a si mesmos e ao próximo. Graças à sabedoria divina, eles receberam outras chances de acordo com suas capacidades, evoluíram um pouco separados para que, mais fortes, pudessem continuar a jornada do ponto onde haviam parado e venceram, descobrindo, por fim, que o amor cura as feridas e que os verdadeiros ensinamentos espirituais evitam novas dores.



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Este livro mostra todas as etapas das vidas encarnatórias dos irmãos Afonso e Nuno começando no ano de 1418 até os dias atuais. Durante a jornada destes dois espíritos passamos pelos momentos marcantes da nossa História.

Os irmãos Borges são um excelente exemplo de que nem sempre os laços sanguíneos determinam a existência imediata do amor entre dois seres. Às vezes são necessárias várias encarnações até que o amor verdadeiro floresça.

Afonso se agarrou ao ódio e preferiu atrasar a própria evolução ao alimentar este sentimento corrosivo da alma humana durante séculos.

Ele perseguiu o irmão, pois achava que a vingança iria lhe proporcionar uma enorme satisfação. Mas com o contínuo passar do tempo percebeu que estava apenas se ferindo cada vez mais enquanto o irmão continuou há progredir um pouco mais em cada encarnação vivida.

Este romance é baseado completamente na doutrina espírita codificada pelo Kardec. A mensagem principal é o perdão.

Muitas pessoas me falam o quanto é difícil para ela perdoarem. Algumas escolhem o caminho da vingança. Nesta hora costumo falar para a pessoa ser totalmente egoísta e perdoar mesmo que ainda esteja sofrendo demais.

Quando perdoamos uma pessoa temos que ter em mente que os maiores beneficiados deste gesto somos nós mesmos. Se ligar energeticamente a outra pessoa através do ódio só atrasa a nossa própria vida.

Ao perdoarmos de coração nos libertamos e podemos seguir em frente para a próxima etapa da nossa evolução. Mas se decidimos nos apegarmos ao ódio e formos atrás da vingança temos que estar conscientes das consequências que isso acarretará.

A vida, apesar de não parecer, é curta e não podemos desperdiçar tempo com sentimentos ruins que nos afastam da Luz.

Somos nós que determinamos a abertura ou o fechamento da porta do tempo.

Às vezes não entendemos o motivo de não gostarmos de uma pessoa. E quando isso acontece com alguém que carrega o mesmo DNA nos questionamos se isso é algo de outra vida. Pelo menos quem acredita em encarnação fica com esta dúvida.

O tempo pode ser um aliado poderoso ou se tornar um inimigo mortal. 

Já repararam que quando dizemos que odiamos uma pessoa mais ligados a ela ficamos? Nosso pensamento cria uma corrente que nos prende e mesmo que não estejamos perto dela fisicamente aonde quer que vamos nossa mente nos leva de novo ao encontro dela criando um círculo vicioso.

A partir do momento que decidimos perdoar a corrente se divide em duas. A que fica conosco se dissolve. A que fica com a outra pessoa vai depender dela desaparecer ou acorrentá-la a ela mesma.

O tempo é um professor muito eficiente, pois nos mostra a resposta certa para cada questão que surge em nossa vida. Só que nem sempre estamos dispostos a aprender num primeiro momento. Repetimos o erro até percebermos que a melhor forma de deixarmos o passado enterrado é perdoando o outro e a nós mesmos. 




Um leve bater de asas *O:-) anjinho  *O:-) anjinho  para todos!!!!

Khrys Anjos