Este foi
o início da sua jornada rumo ao conhecimento tão almejado por sua alma.
Com os
membros da fraternidade Addae aprende a retirar o véu com o qual a humanidade
costuma olhar para a fé.
Através
de uma viagem pelos momentos mais marcantes da História e tendo contato com
alguns dos homens mais evoluídos que já passaram pelo planeta ele pode
finalmente entender o desejo do seu espírito em ir atrás da verdade.
E ao
final deste caminho pode encontrar sua companheira para a vida, para a fé e
para o amor.
A
primeira questão a ser feita é: o que significa fé?
Quando
entendemos o seu significado devemos passar para a próxima questão: estou
vivenciando a fé ou seguindo os passos das demais pessoas?
Foi
exatamente isso que o Addae aprendeu. Ele teve que deixar para trás o que
haviam lhe incutido como sendo a fé verdadeira e se encontrou com a fé ensinada
por nosso irmão Jesus.
Qual a
diferença: a fé que estamos acostumados a “praticar” é aquela que nos
condiciona ao pecado e ao medo. Somos ensinados desde criança a temer a Deus
pois Ele pode ser muito vingativo com aqueles que não seguem as regras.
A fé com
a qual Jesus nos presenteou com a sua vida é aquela que nos liberta a alma e
nos aproxima de Deus. Esta fé não pode ser imposta e nem ser obrigada. Deve vir
de um desejo do coração.
Cada
religião existente no mundo atrai para si o “verdadeiro” Deus. Somente quem é
daquela determinada crença terá salvação. Eles criam um Deus conforme o seu
próprio interesse e levam os fiéis a se comportarem como cordeirinhos.
Isto
acontece em todas as religiões. Sem exceção. Pode ser um padre, um pastor, um
budista, um espírita ou qualquer outra denominação que recebam, agem da mesma
maneira.
Eles
conduzem seu rebanho com punhos de ferro e os fazem agir a partir do medo.
Quem já
leu a Bíblia sabe que em todas as histórias Deus é narrado como um pai
autoritário e cruel. Se não fizer o que ele quer pragas serão lançadas sobre o
povo os levando à morte.
Eu
confesso que não li toda a Bíblia exatamente por não concordar que Deus seja
assim. Para mim Deus é a personificação do Amor Incondicional. Ele nos deu a
vida e torce pela nossa felicidade.
Foi por
isso que Jesus veio até nós. Para nos mostrar o caminho e para nos fazer
enxergar além do véu que os “religiosos” colocaram em nossos olhos.
A fé deve
ser livre. O indivíduo tem que receber um direcionamento daquele que está à
frente da instituição mas jamais deve ser tratado como um ser sem cérebro.
A busca
pela espiritualidade é individual. Cada pessoa irá encontrar o seu “lar” numa
religião quando aprender a se questionar sobre o que é realmente verdade.
Isso não
quer dizer que devemos todos virar ateus (quem estiver feliz com esta condição
que continue). Isso quer dizer que devemos parar de colocar a nossa fé nas mãos
dos homens.
Nossa fé
deve ser direcionada a Deus. Sempre.
Um religioso
que prega o extermínio de animais, crianças, idosos, negros, entre tantos outros,
está realmente vivendo com Deus em seu coração?
Quando
ele ordena que os fiéis seguidores virem as costas para quem sofre está
praticando o amor?
Este é um
tema profundo pois mexe com o lado sensível do ser humano. E também polêmico
pois as pessoas não estão acostumadas a terem a sua crença questionada.
Addae já
tinha o anseio de mudar pois sentia esta necessidade vinda de sua alma.
Os dogmas
e paradigmas ensinados nas religiões criadas pelo homem satisfazem apenas uma
minoria.
E isso é
o que deveria ser abolido. Deus é um só e propaga o amor entre os irmãos (nós todos,
já que somos seus filhos – eu pelo menos o considero um pai amoroso). Então por
que tanto derramamento de sangue em seu nome? Se Ele nos ensinou que matar é
errado por que fazer “sacrifício” de animais ou humanos?
Esta
história narrada pelo Fernando, de uma forma encantadoramente coerente, faz o
leitor parar e se questionar se está vivenciando mesmo a fé ou se deixando
guiar cegamente por um “religioso” que se acha um deus.
Não
importa qual religião você pratica. O que importa é se pratica a fé. E se esta
prática vai de encontro com o que o seu coração crê.
Quando me
perguntam qual a minha religião eu respondo: simplesmente Deus. Não me prendo a
uma religião que corta as asas de seus fiéis os impedindo de voar atrás da
verdade. Peguei cada parte que meu espírito aceitou como verdade dos
ensinamentos de algumas religiões e as uni. Isto me tornou espiritualista.
Posso assistir uma missa, uma pregação ou uma sessão espírita (só não
frequento locais onde há sacrifício de animais) que minha consciência estará tranquila.
Não estarei cometendo nenhum “pecado”.
Fico
muito triste ao ouvir uma pessoa dizer que “não pode” ir a um lugar pois sua
religião não permite, que tem que ir à missa (como se estive sendo obrigada a
ir), que frequenta determinada religião pois tem medo do castigo que receberá
se não for. Essas pessoas estão apenas se enganando ao acharem que estão
praticando a fé desta forma.
Nada na
nossa vida de ser feito por obrigação ou por medo. Nossa fé deve ser baseada no
amor. A minha com certeza é.
Fiquei
feliz ao ler esta história pois demonstrou uma coragem muito forte do Fernando
ao tocar neste tema que muitos consideram um tabu.
E amei a
aparição de São Francisco...
Agora é
aguardar o próximo livro para saber como o casal irá mostrar este universo
religioso ao novo integrante da família. E que venha a profecia.