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sexta-feira, 28 de abril de 2017

(Resenha) Cada um é o que é - Meire Campezzi Marques

Título: Cada um é o que é

Autora: Meire Campezzi Marques

Ano: 2017

Páginas: 304

Editora: Vida & Consciência



Sinopse: Cada um de nós sofre algum tipo de preconceito. Vivemos em uma sociedade cheia de normas, regras, condutas, padrões de beleza e comportamento rígidos, que nos conduzem à homogeneização, desrespeitando um dos princípios sagrados da natureza: a diversidade.

Nascemos com qualidades únicas. Temos gostos, vontades, desejos, tendências e tipos físicos distintos, justamente para aprendermos a nos aceitar incondicionalmente, o que talvez seja um dos maiores desafios impostos pela vida.
Este romance mostra que a autoaceitação é o único caminho possível para uma vida harmoniosa, equilibrada e repleta de paz e que é preciso aceitar as diferenças, entendendo que cada um se manifesta conforme seu nível de evolução, tenta fazer o melhor que pode e dá apenas o que tem. Afinal, cada um é o que é.






*** 






Nesta trama são demonstrados os preconceitos mais arraigados que nós alimentamos durante milênios.

O ser humano tem o hábito de criar um modelo de perfeição para enclausurar o outro dentro de uma redoma. Exige que o outro aja, pense e fale exatamente do jeito que ele quer. Quando o outro não corresponde as suas exigências se sente ofendido e recorre ao preconceito por não aceitar que ele é diferente da ilusão que criou.

Na história temos uma progenitora que precisou literalmente apanhar da vida para aprender a ser uma mãe. E dois irmãos que também precisaram levar uma surra do destino para acordarem.

Não irei colocar os nomes dos personagens, pois eles podem ser você ou eu na história das nossas vidas.

Quem nunca praticou um preconceito é alguém extremamente evoluído. Somos criados dentro de uma sociedade onde o “diferente” é errado. Aquele que não pratica da mesma religião ou que tem outra opção sexual é considerado um pária.

Mas o pior preconceito que perpetramos é contra nós mesmos quando não nos aceitamos do jeito que somos. Quando permitimos que outra pessoa dirija a nossa vida, nossos atos e nossos pensamentos.

Se nós não nos aceitamos como uma outra pessoa poderá nos aceitar? A vida corresponde como um reflexo diante do espelho. Se eu não me valorizo só irei encontrar pessoas que também não me valorizam. Se acredito que mereço apanhar do meu marido irei me casar com um homem violento que fará a realização do meu desejo.

Nós atraímos para a nossa vida exatamente as pessoas que vibram na mesma sintonia de energia que emitimos.

A não ser que tenhamos uma pequena ajuda dos nossos mentores em nos aproximar de pessoas cuja energia é positiva e que podem nos mostrar uma nova visão da vida.

Posso dizer por experiência própria que crescer num lar onde não se recebe o apoio e o carinho nos transforma em seres fracos que não acreditam em sua capacidade nem no seu potencial. E muito menos que mereça ser amado.

Mas chega um momento em que o destino assume o leme da navegação e nos faz passar por uma transição que pode ser através do auxílio de um amigo ou tomando uma surra da vida. De uma maneira ou de outra somos compelidos a assumirmos por nós mesmos o leve e sermos os capitães dos nossos barcos.

Não é algo que aconteça da noite para o dia. Leva tempo acostumarmos com o fato que temos que andar com as nossas próprias pernas e encararmos as consequências das nossas escolhas.

A maioria dos pais quando olham para o filho ao nascer criam toda a sua trajetória até a sua velhice. Como serão, como agirão, como pensarão, que profissão irão seguir, com quem irão se casar e por aí vai. Fazem as escolhas para a vida do filho como se ele não fosse um outro ser humano. Pensam assim: Eu coloquei no mundo e tenho o direito de conduzir a sua vida.

Este é o maior engano que podemos cometer. Ninguém tem o direito de moldar o outro e exigir que ele siga as suas regras.

A diversidade de cores, crenças e atitudes devem servir para nos proporcionar a nossa evolução e não para alimentarem os preconceitos que só destroem os relacionamentos.

O fato do seu filho ser gay não o diminui como pessoa. Se a sua filha é espancada pelo marido não é culpa dela. Se as outras pessoas agem de modo diferente ao que você queria que agissem não é motivo para julgá-las, condená-las e sentenciá-las.

Cada indivíduo deve ser respeitado pelo que ele é e não pelo que acreditamos que ele deve ser.

Não somos perfeitos e não temos motivo para querer exigir do outro uma perfeição que não existe. Se estamos encarnados é porque necessitamos desta nova oportunidade para nos melhorarmos como pessoa e para acertarmos nossas relações com aqueles que de alguma forma fizemos mal em outras vidas ou nesta mesma.

Cada pessoa é o que é e devemos aprender a enxergá-las sem o véu da ilusão que nós mesmos colocamos diante de nossos olhos para transformá-las em seres que não existem.

A base para qualquer relacionamento é o respeito. Respeitar quem é e o que a outra pessoa sente.

Quem passa a vida reclamando de tudo e todos terá o destino que escolheu perpetuado pela dor: a solidão. Só que não a escolhida. Será a solidão aplicada pelo afastamento de todas as pessoas que não a suportam.

Nós temos o poder de mudar o rumo das coisas que acontecem na nossa vida mudando o nosso pensamento. Esta é a verdadeira guerra que lutamos e as batalhas são constantes e diárias.

Aceitar o outro como ele é. Este é o primeiro passo para nos aceitarmos como nós somos.




 Um leve bater de asas *O:-) anjinho  *O:-) anjinho  para todos!!!!

Khrys Anjos

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