Autora: Natalia
Moreno
Ano: 2015
Páginas:
118
Editora:
Novo Século Editora
Sinopse: Marcas
da vida conta a história de Lilian, uma atriz no auge da carreira, que vê sua
vida ser destruída quando sofre um acidente de carro. Com um contrato cancelado
e cheia de contas a pagar, Lilian torna-se professora de teatro. Segue sua vida
sem grandes aspirações até que uma aluna nova reacende nela o sonho de ter uma
família.
A professora, esperançosa, mas ainda marcada pelas tragédias de sua história,
embarca em relacionamento com Marcos, um publicitário bem-sucedido, cercado de
prestígio e belas mulheres. Para não desistir da felicidade, Lilian terá de
lidar com os seus fantasmas e se enxergar além do que vê no espelho.
***
Lilian
está no auge da carreira e vivendo um romance dos sonhos com o Heitor, mesmo
que a futura sogra seja contra e viva a humilhando por não considerá-la a
altura do seu filho.
Ao
sofrerem um acidente o sonho é desfeito e a vida da Lilian se transforma
totalmente. Ela passa a ter pesadelos constantes com a tragédia que lhe roubou
o seu amor. Fica com cicatrizes no rosto e nos braços. Perde o emprego na
novela.
Com tudo
isso acaba tendo que recomeçar a viver primeiro com um novo trabalho como professora
de teatro infantil e depois se permitindo amar novamente.
Marcos
também passou pelo processo da dor de perder a pessoa amada, mas ficou com uma
parte preciosa dela na sua vida na forma da sua filhinha Ana.
Quando os
caminhos dos dois se cruzam faz com que ambos vejam que chegou o momento de curarem
as feridas e abrirem seus corações para o amor.
Para o
Marcos a cura é aceita mais fácil, pois sua perda foi há mais tempo. Como dizem
o tempo é o nosso melhor conselheiro e mestre. A Lilian precisou refletir mais
até perceber que não adiantava negar o sentimento que aflorou em sua alma ao
conhecê-lo.
Na
história a Lilian recebeu o apelido de anjo, mas para mim o verdadeiro ser
alado era a pequena Ana, pois foi ela com o seu toque especial quem conseguiu
atingir o âmago da Lilian e a aproximou do seu pai.
O que
posso dizer para definir esta obra é que ela é perfeita. Esta é a
característica que mais admiro na autora: Ela consegue transmitir em poucas
páginas (neste livro são 118) mais lições edificantes que muitos autores que
escrevem verdadeiras enciclopédias (com 300 ou mais páginas) e não passam nem
uma pequena parte deste ensinamento.
Nós
vivemos numa sociedade onde a beleza física é o que conta. Não importa se a
pessoa tem uma alma boa ou má. Fomos criados assim, para valorizarmos a
aparência.
Mas
existem alguns raros seres que vêem além e conseguem enxergar a beleza onde os
outros vêem a feiúra.
O que
deveríamos nos preocupar em ensinar aos nossos filhos é exatamente esta
diferença: enxergar a outra pessoa sem dar importância a sua imperfeição.
Uma marca
ou uma cicatriz não deve ser usada como classificação de feiúra, pois o que
mais vemos são pessoas de rostos lindos e almas tenebrosas.
Não é a
aparência física considerada perfeita que deve determinar se a pessoa tem ou
não o direito de ser amada. Nem ser mais valorizada do que o caráter.
Outra
mensagem importante transmitida com esta história é que não devemos trancar o
nosso coração após uma perda. Temos o direito de vivenciar o luto, mas não
podemos permitir que a dor amargure a nossa alma.
Isso não
quer dizer que a pessoa tenha que se obrigar a ter um novo relacionamento.
Apenas que ela não deve impedir o desenvolvimento de um novo amor na sua vida.
Ter medo de sofrer novamente por causa de uma possível nova perda é jogar a
segunda ou terceira ou quarta chance que o destino está lhe proporcionando para
ser feliz.
É lógico
que existem muitas pessoas que amam apenas uma única vez na vida e que podem
ser felizes vivendo sozinhas depois que ocorre a separação física da sua outra
metade.
No amor
não existem regras. Apenas o sentimento a ser sentido.
Esta
história nos mostra que a futilidade de exigir a perfeição física deve ser
revista. As marcas e cicatrizes que carregamos no corpo são lembretes de algo
ruim que aconteceu, mas que nos permitiu vencer mesmo que tenha ocorrido uma
perda.
As marcas
deixadas na alma é que devem ser consideradas as primeiras a serem curadas pela
família e pelos médicos. E nós temos que nos preocupar com as marcas que
deixamos na vida das pessoas e não com as que elas carregam no corpo.
Não
importa se o outro tem uma cicatriz no rosto ou uma queimadura em alguma parte
do corpo. Ou se lhe falta algum membro. Ou se ela é gorda ou magra.
Valorizar
em demasia a aparência é preconceito.
Espero
sinceramente que esta obra fique marcada na vida de cada um que se
disponibilizar a abrir o seu coração para conhecê-la.
Um leve bater de asas para todos!!!!
Khrys Anjos
Que palavras lindas! Fico muito feliz!
ResponderExcluirAmei a resenha, lindas palavras!!!
ResponderExcluirGrande abraço,
www.cafeidilico.com