Autora: Amarilis
de Oliveira
Ano: 2017
Páginas:
264
Editora:
Vida & Consciência
Sinopse: Deus
estabeleceu leis imutáveis para nos guiar na senda da evolução, que nos ensinam
a linha direta e mais curta. Nós é que, presos pelas ilusões do imediatismo a
que nos habituamos no mundo, caminhamos por linhas tortuosas.
Este
livro conta a história de pessoas que, cegas pelo orgulho e pela ganância,
criaram dificuldades em suas vidas e tiveram de trilhar o caminho da dor para
entender que somente a ligação com Deus e a prece sincera poderiam resolver
seus problemas.
***
O pai do Carlos resolveu dividir seus bens entre
os três filhos homens e para ele ficou um condado que praticamente estava
esquecido no mapa. Ao assumir o posto de conde e chegar ao local passa a ter a
sensação que já conhecia aquela terra.
Ele conhece Handar e sua filha Soláia. Não entende
a razão de se sentir ligado aos dois. Também conhece o pintor Dulcor e uma
amizade nasce entre eles.
Mas a ignorância aliada à ganância daquele a quem
o conde considerava um irmão o faz cometer um erro gravíssimo que o leva a
nutrir um ódio mortal por quem lhe fez trilhar o caminho da traição.
Handar e Soláia eram integrantes de uma seita onde
os participantes tratavam os enfermos do corpo e da alma com passes mediúnicos
e os levavam a meditarem refletindo sobre suas vidas.
E foi neste lugar que o Carlos finalmente se
encontrou. Ele precisou aprender a se perdoar para continuar sua jornada.
Carlos não foi o único personagem a ter que
vivenciar uma dor profunda para perceber que nem tudo o que reluz é ouro.
O ser humano está tão acostumado a fechar a visão
acreditando que o que importa na vida são os bens materiais e o poder que não
enxerga que estas coisas são meros prazeres passageiros.
Damos valor ao material e deixamos de lado o
emocional. Criamos situações que nos levam a cometermos erros e mesmo assim
demoramos a retirar de nossos olhos o véu do ouro que nos impulsiona a desejar
termos coisas sem valor espiritual.
Isto não quer dizer que devemos abrir mão de tudo
e vivermos como eremitas numa caverna. Apenas que precisamos estar atentos aos
nossos pensamentos para que eles não nos levem a cometermos erros que nos
jogarão no abismo do não perdão a nós mesmos.
Se temos como corrigir o erro, que façamos. Se
não, temos que seguir em frente e nos perdoarmos. Do contrário entraremos numa
roda gigante que ficará rodando eternamente nos impedindo de evoluirmos.
A vida é muito curta para desperdiçarmos tempo com
coisas, pessoas ou crenças que não nos enriquecem a alma.
O medo e o preconceito geram vários males em nós e
em quem será atingido com as nossas atitudes.
As
pessoas valorizam o ouro e esquecem que ele é um metal.
Quando
nos deixamos cegar pela ganância também ficamos cegos para o sofrimento e a dor
que causaremos naqueles que estiverem no meio do nosso caminho para a “conquista”
daquele bem.
Por isso devemos
ficar atentos aos nossos pensamentos, pois deles dependem os nossos atos.
O
personagem Carlos mostrou o quanto é perigoso agirmos sem refletir. Por mais
que uma cena que vemos acontecer pareça uma coisa, ela pode ser outra
completamente diferente. E se agirmos no calor da emoção sem ponderar o que realmente
aconteceu, com certeza nós acabaremos cometendo um erro grave de julgamento e
condenação.
Muitas
vezes o que vemos reluzir a nossa frente não passa de um pequeno pedaço de
vidro refletindo a luz do sol.
Um leve bater de asas para todos!!!!
Khrys Anjos
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