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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Minha peregrinação

Oi Pessoal.




  Como muitos aqui sabem fiquei internada por quase 1 mês. Algumas pessoas me perguntaram o que aconteceu então resolvi escrever este post para explicar à vocês qual é o meu problema.
  Vamos ao início da minha peregrinação: Minha perna esquerda começou a inchar do joelho para baixo até atingir o pé que ficou enorme de gordo.
  Procurei o posto de saúde do Pilar, num domingo, mas não havia médico atendendo. Fui até a UPA do Sarapuí e a médica que me atendeu receitou Diosmin (para varizes). Tomei por 1 dia e o resultado foi que fiquei com as duas pernas inchadas.
  Fui ao posto do Pilar na quarta-feira seguinte e novamente não havia médico atendendo. Resolvi procurar atendimento no Hospital de Saracuruna. Lá fui consultada pela mesma atendente que estava fazendo as fichas dos pacientes.
  Acabei tendo que ir para uma clínica particular para ser atendida e fazer os exames. Paguei caro por esta “extravagância” no SASE de Caxias. Quando peguei os resultados dos exames e voltei para mostrá-los ao médico eis a novidade: ele não foi trabalhar naquele dia.
  À tarde fui ao posto do Lote XV (vocês já viram como uma pata choca anda? Eu estava andando exatamente assim, dava 7 a 8 passinhos e precisava parar para tomar fôlego e fazer as pernas pararem de doer um pouco.) e para minha surpresa tinham 2 médicos atendendo.
  Quando mostrei os resultados dos exames o médico que estava me consultando se assustou e passou os papéis para o outro médico ver e dar o seu parecer também.
  Ele foi bem sincero comigo ao dizer que pelos resultados eu não era para estar se quer andando e que eu deveria procurar atendimento no Hospital Moacyr do Carmo pois precisaria ficar internada para fazer transfusão de sangue. Se ficasse internada no posto levaria muito tempo para conseguir. Com a recomendação de ir com urgência para o hospital pois estava com uma anemia seríssima lá fui eu para o meu “spa/prisão”
  Ao chegar no hospital tive que primeiro passar pela UPA do Beira Mar que fica bem ao lado (só internam no hospital quem deu entrada pela UPA). Isso foi no dia 18/12/2014 (+ ou – 20 dias após o inchaço nas pernas). Passei os 2 primeiros dias numa dieta zero. Fiquei apenas no soro (estava tão fraca que cada vez que tinha que tomar banho e voltava para a maca passava mal). Nesta sala amarela onde fiquei a capacidade é para 12 pacientes mas no dia que fui internada tinham 29. Imaginem arrumar espaço para tantas macas.
  Fui transferida para a sala verde no dia 20 e no dia 21 para a enfermaria 2 do Hospital (recebi a primeira transfusão neste dia. A outra tentativa ocorreu no dia 01/01/2015 mas o meu organismo rejeitou o sangue e passei muito mal. Minha pressão que estava 14x8 despencou para 8x6. Fiquei enjoada e comecei a ver o quarto girar. Quase desmaiei. Tive que gritar pela enfermeira e acabei assustando as pacientes que estavam dormindo. Acabei não fazendo a segunda transfusão) e só tive alta na terça-feira dia 13/01/2015.
  Deixei os médicos intrigados pois pelo grau de intensidade (não sei se é este o termo que eles usam) era para eu estar com uma hemorragia interna ou externa. E eu não estava tendo nada.
  Fiz um ultrassom abdominal e o resultado foi que tudo estava normal. Também fiz uma endoscopia (caso um de vocês tenha que fazer este exame em alguma clínica não vá sem um acompanhante. Como tem que receber anestesia para o procedimento a pessoa apaga literalmente. Comigo aconteceu e até hoje não faço ideia de como fui parar na minha cama. Um acompanhante de uma das minhas companheiras de quarto disse que eu cambaleei da maca que me trouxeram até a cama. É preciso ter alguém para nos vigiar ao fazer este exame numa clínica) e os resultados também deram normais.
  Fiquei sendo tratada com os remédios Omeprazol (para o estômago), Complexo B, Ácido Fólico e Sulfato Ferroso (para a anemia). Este tratamento deve levar uns 3 meses pelo menos.
  Resultado geral: tive alta mas os médicos não conseguiram identificar a causa da minha anemia. Terei que fazer acompanhamento médico em outro local e mais exames.
  Ao receber alta pesquisei no “tio” Google e descobri que o tipo de anemia que eu tenho é a Ferropriva. Identifiquei pelo tratamento com os remédios e os sintomas que tive. No hospital não nos informam nada.
  Os sintomas: inchaço das pernas (continuam. Se ficar muito tempo sentada ou em pé incham ainda mais. Andar longas distâncias apenas em pensamento), fadiga, dor de cabeça, palidez (quando fui internada eu estava na verdade completamente amarela), enjoo toda semana que me fazia passar o dia entre estar deitada e estar no banheiro pondo a bile para fora, falta de apetite, palpitações, taquicardia, mãos e pés frios, unhas fracas, sono, tontura, sensação de desmaio, queda de cabelo e emagrecimento apavorante (estava parecendo a Noiva Cadáver do desenho animado. Ainda estou).
  Agora é seguir o tratamento e contar com a sorte para que os médicos descubram a causa.
  Sei que muita gente deve estar pensando que é por eu ser vegana (minha família está me tirando do sério por causa disso) mas de todos os pacientes internados no hospital eu era a única vegana e vi vários casos (não foi 1 ou 2, foram dezenas) de pacientes que estavam com anemia ou que já tiveram e todos se alimentam da maneira “normal”. Prova mais que suficiente que o veganismo não foi o vilão da minha doença.
  Pesquisei novamente no "tio" Google, pois estava desconfiada de uma coisa. Voltei a pouco tempo a beber Coca-Cola depois de anos de abstinência (foi num dia que estava passando muito mal e não queria ter que voltar pela terceira vez ao posto para ficar 2 horas tomando soro na veia) e nos sites falam que ingerir esta bebida durante as refeições faz com que o organismo não absorva o ferro dos alimentos. Vivendo e aprendendo. Pelo sim pelo não está banida das minha refeições.
  Espero que vocês me tirem como exemplo e não deixem de procurar ajuda médica assim que perceber os primeiros sintomas de que algo está errado com a sua saúde. Mesmo que tenha que passar por uma verdadeira peregrinação como eu passei. Quanto mais cedo for diagnosticado o problema mais rápido poderá ser solucionado.

  Depois eu contarei as experiências que tive durante estes dias e tudo o que aprendi. Realmente nada na nossa vida acontece por acaso. Tudo tem o seu por que e o para que. Só precisamos aprender a ler a linguagem do Destino. 



Sites pesquisados sobre a anemia:







Um leve bater de asas *O:-) anjinho  *O:-) anjinho  para todos!!!!

Khrys Anjos

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