Image Map

quinta-feira, 10 de março de 2016

(Resenha) Um amor de muito verões - Ana Faria

Título: Um amor de muito verões

Autor: Ana Faria

Ano: 2015

Páginas: 261

Editora: Letramento




Sinopse: Guilherme e Silvia se conheceram em Arraial do Cabo quando ainda eram jovens e se reencontraram por três verões seguidos, vivendo um grande amor e uma profunda amizade. A vida e a distância fizeram com que cada um seguisse o seu caminho, guardando com carinho as lembranças daqueles verões que passaram juntos. Depois de doze anos, Silvia retorna a Arraial do Cabo, mais bonita, mais madura… e com o coração partido. Ela vive um momento triste, que desafia suas virtudes da fé, perdão, esperança e amor. Arraial do Cabo é o seu refúgio, em razão das belíssimas paisagens e das preciosas memórias que guarda. O reencontro com Guilherme é inevitável, embora ela não tenha ido até lá para vê-lo exatamente. Seria possível o amor que sentiam um pelo outro ter sobrevivido tanto tempo? Será que um amor assim tão grande teria a capacidade de curar o coração ferido de Silvia? O tempo seria um inimigo ou um aliado? Esta é uma história de como o amor pode ir muito além da paixão e resistir às imposições do espaço e do tempo.



***



Silvia tem 15 anos quando conhece o Guilherme durante as férias em Arraial do Cabo. Eles se apaixonam naquele verão e a chama do amor verdadeiro é acesa nos dois jovens corações.

Se encontram novamente por mais 2 verões, mas acabam por se separarem, pois, o caminho que eles precisavam trilhar tinha que ser de forma independente desta paixão.

Guilherme escolheu um perigoso e teve a sensatez de se permitir voltar a estrada que o levaria a colocar em prática todos os seus sonhos.

Silvia precisava passar por uma experiência com outra pessoa para finalmente aceitar que o seu amor estava lhe aguardando de braços abertos no mesmo lugar onde a flecha do cupido a acertou.

Um amor de muitos verões é uma história que nos inspira a ter esperança na vida. Por mais que lutemos para mudar os sentimentos que consomem nossa alma chega um determinado momento que a luta se torna inútil.

O caminho que estes dois jovens tiveram que percorrer até se reencontrarem foi difícil. Mas o destino lhes mostrou que quando o amor é verdadeiro pode-se passar anos separados que o sentimento permanece vivo. Pode hibernar, mas continua latente na alma apenas esperando a chance de explodir novamente.

Me encantei com a mãe da Silvia, a Rebeca. Ela conseguiu superar a dor da traição e continuou com o coração aberto ao amor. Tanto que teve a oportunidade de amar e ser amada novamente.

Silvia se casou, mas no seu coração sempre esteve presente o amor que sentia pelo Guilherme. Ela amou o marido, porém não da mesma maneira que amou e amava o Gui.

A principal mensagem desta história é que temos que tomar cuidado com nossas escolhas. Cada atitude que tomamos afetará tanto a nossa vida quanto as das pessoas que convivem conosco. Se for uma escolha errada teremos que viver com as consequências dela que podem ser bem amargas.

Silvia ficou abalada com o fim doloroso do seu casamento e chegou a pensar em se trancar em si mesma para não amar novamente por medo do sofrimento. Caso tivesse optado por seguir este caminho teria sofrido em dobro.

Não podemos permitir que uma decepção guie os nossos passos. Nem incorporar uma culpa que não nos pertence. Quando somos traídos a primeira pergunta que fazemos é: Onde foi que eu errei? Não nos permitimos enxergar a verdade. O erro não foi cometido por quem sofreu a traição, mas por quem traiu.

É uma situação extremamente perigosa pois a depressão pode atingir a pessoa em cheio. E aí a estrada se tora dolorosa.

Podemos optar por aceitar nossos sentimentos e vivenciá-los ou ignorá-los sofrendo a nossa própria rejeição.

A única certeza que podemos ter nesta vida é que Deus nos enviou aqui para sermos felizes. Ele sempre irá nos ajudar colocando em nosso caminho as pessoas que podem fazer com que esta felicidade se torne possível. Porém precisamos estar abertos para esta ajuda. 

Quantas vezes por medo de sofrer afastamos de nós aqueles que estão predestinados a estarem em nossa vida.

O amor para permanecer vivo por muitos verões precisa ser alimentado em pelo menos um assim terá nas lembranças a força e a energia que o manterá aceso.

A Ana escreve de uma forma tão delicada que nos sentimos comovidos em presenciar a jornada deste casal rumo a sua felicidade plena.

Não somos perfeitos. Todos estamos passíveis aos erros, mas só alcançamos a plenitude quando aceitamos a nossa imperfeição e a do outro também.


Esta história é do tipo que considero Sessão da Tarde: Pode ser lida por toda a família e nos inspira a abrir nosso coração para o amor.


Um leve bater de asas *O:-) anjinho  *O:-) anjinho  para todos!!!!

Khrys Anjos

Nenhum comentário:

Postar um comentário