Autor: Ana Faria
Ano: 2015
Páginas: 261
Editora: Letramento
Sinopse:
Guilherme e Silvia se conheceram em Arraial do Cabo quando ainda eram jovens e
se reencontraram por três verões seguidos, vivendo um grande amor e uma
profunda amizade. A vida e a distância fizeram com que cada um seguisse o seu
caminho, guardando com carinho as lembranças daqueles verões que passaram
juntos. Depois de doze anos, Silvia retorna a Arraial do Cabo, mais bonita,
mais madura… e com o coração partido. Ela vive um momento triste, que desafia
suas virtudes da fé, perdão, esperança e amor. Arraial do Cabo é o seu refúgio,
em razão das belíssimas paisagens e das preciosas memórias que guarda. O
reencontro com Guilherme é inevitável, embora ela não tenha ido até lá para
vê-lo exatamente. Seria possível o amor que sentiam um pelo outro ter
sobrevivido tanto tempo? Será que um amor assim tão grande teria a capacidade
de curar o coração ferido de Silvia? O tempo seria um inimigo ou um aliado?
Esta é uma história de como o amor pode ir muito além da paixão e resistir às imposições
do espaço e do tempo.
***
Silvia
tem 15 anos quando conhece o Guilherme durante as férias em Arraial do Cabo.
Eles se apaixonam naquele verão e a chama do amor verdadeiro é acesa nos dois
jovens corações.
Se
encontram novamente por mais 2 verões, mas acabam por se separarem, pois, o
caminho que eles precisavam trilhar tinha que ser de forma independente desta
paixão.
Guilherme
escolheu um perigoso e teve a sensatez de se permitir voltar a estrada que o
levaria a colocar em prática todos os seus sonhos.
Silvia
precisava passar por uma experiência com outra pessoa para finalmente aceitar
que o seu amor estava lhe aguardando de braços abertos no mesmo lugar onde a
flecha do cupido a acertou.
Um amor
de muitos verões é uma história que nos inspira a ter esperança na vida. Por
mais que lutemos para mudar os sentimentos que consomem nossa alma chega um
determinado momento que a luta se torna inútil.
O caminho que estes dois jovens tiveram que percorrer até se reencontrarem foi
difícil. Mas o destino lhes mostrou que quando o amor é verdadeiro pode-se
passar anos separados que o sentimento permanece vivo. Pode hibernar, mas
continua latente na alma apenas esperando a chance de explodir novamente.
Me
encantei com a mãe da Silvia, a Rebeca. Ela conseguiu superar a dor da traição
e continuou com o coração aberto ao amor. Tanto que teve a oportunidade de amar
e ser amada novamente.
Silvia se
casou, mas no seu coração sempre esteve presente o amor que sentia pelo
Guilherme. Ela amou o marido, porém não da mesma maneira que amou e amava o
Gui.
A
principal mensagem desta história é que temos que tomar cuidado com nossas
escolhas. Cada atitude que tomamos afetará tanto a nossa vida quanto as das
pessoas que convivem conosco. Se for uma escolha errada teremos que viver com
as consequências dela que podem ser bem amargas.
Silvia
ficou abalada com o fim doloroso do seu casamento e chegou a pensar em se
trancar em si mesma para não amar novamente por medo do sofrimento. Caso
tivesse optado por seguir este caminho teria sofrido em dobro.
Não
podemos permitir que uma decepção guie os nossos passos. Nem incorporar uma
culpa que não nos pertence. Quando somos traídos a primeira pergunta que
fazemos é: Onde foi que eu errei? Não nos permitimos enxergar a verdade. O erro
não foi cometido por quem sofreu a traição, mas por quem traiu.
É uma
situação extremamente perigosa pois a depressão pode atingir a pessoa em cheio.
E aí a estrada se tora dolorosa.
Podemos
optar por aceitar nossos sentimentos e vivenciá-los ou ignorá-los sofrendo a
nossa própria rejeição.
A única
certeza que podemos ter nesta vida é que Deus nos enviou aqui para sermos
felizes. Ele sempre irá nos ajudar colocando em nosso caminho as pessoas que
podem fazer com que esta felicidade se torne possível. Porém precisamos estar
abertos para esta ajuda.
Quantas
vezes por medo de sofrer afastamos de nós aqueles que estão predestinados a
estarem em nossa vida.
O amor
para permanecer vivo por muitos verões precisa ser alimentado em pelo menos um
assim terá nas lembranças a força e a energia que o manterá aceso.
A Ana
escreve de uma forma tão delicada que nos sentimos comovidos em presenciar a
jornada deste casal rumo a sua felicidade plena.
Não somos
perfeitos. Todos estamos passíveis aos erros, mas só alcançamos a plenitude quando
aceitamos a nossa imperfeição e a do outro também.
Esta
história é do tipo que considero Sessão da Tarde: Pode ser lida por toda a
família e nos inspira a abrir nosso coração para o amor.
Um leve bater de asas para todos!!!!
Khrys Anjos
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