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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

(Resenha) Lenda urbana 2 - Dons - Glaucia Santos

Título: Lenda urbana 2: Dons

Autora: Glaucia Santos

Ano: 2016

Páginas: 120

Editora: publicação independente



Sinopse: Após uma sequência de eventos onde perde os amigos, Patrícia tenta reconstruir sua vida ao lado de Léo, ainda sob o peso do luto. Contudo, o que era para ser o recomeço, vira o início do seu inferno particular. O espírito continua jogando com eles e usando que é mais precioso: sua família. Ela acha que não pode piorar, mas começa ver coisas e acredita que está enlouquecendo. Agora entra em uma corrida contra o tempo para descobrir o motivo da vingança de Victor e não sabe quando o jogo finalmente acabará.




*** 




Neste segundo livro da série a vida da Patty sofre uma mudança radical. Ela e o Leo estão morando juntos. Dividem o apartamento com a mãe, a irmã e o Victor.

Além de terem que lidar com a parte mais difícil do relacionamento, a convivência diária, precisam enfrentar outra batalha diária: a possessão do espírito do Victor, que está cada vez mais violento e sedento por sangue.

Patty descobre que possui dois tipos de mediunidade (que algumas pessoas chamam de dons e outras falam que são maldições) e que eles têm que ser devidamente desenvolvidos para que ela não acabe enlouquecendo.

São os dois tipos mais desejados pelos médiuns e os mais temidos pela maioria das pessoas. Para saberem quais são terão que ler o livro ok? E quem sabe ainda venha aflorar mais alguns...

Quando ela pensa que já ocorreram mudanças suficientes em sua vida eis que surgi uma outra que a faz ficar ainda mais sensível e com receio do que o futuro reserva para a sua família. Neste momento acaba se decepcionando com a atitude que o Leo toma ao saber da novidade e não lhe resta outra opção além de aceitar a ajuda do detetive que está obcecado por desvendar o passado do Victor e assim poder saber o que o levou a odiar tanto a Patty e sua mãe.

Mas uma dúvida surge com esta aproximação: será que ele é amigo ou inimigo? Só saberemos no terceiro livro, ou se a autora for um pouco má, talvez num quarto ou quinto volume.

A Glaucia não entrou no âmbito de nenhuma religião ao introduzir a mediunidade na história da Patty. Até por que estes “dons” não são exclusivos de uma religião. Eles acontecem em praticamente todas, apenas são tratadas de formas diferenciadas.

Eu sou espiritualista e leio sobre vários assuntos para poder entender o que acontece no plano espiritual. Posso dizer que a Glaucia descreveu de maneira corretíssima como um espírito passa de obsessor para possessor.

O Victor alimenta o ódio que sente pela Patty e pela mãe dela. Deixou de ser apenas um obsessor e passa a possuir a pequena Carla. O domínio é total. Ela deixa de ser uma criança meiga e doce e se transforma numa arma para o Victor atingir seu objetivo: destruir a vida das mulheres da família.

O Leo acaba se colocando no meio do furacão e num determinado momento se deixa levar pela raiva. Se afasta e percebe que o sentimento que preenche o seu coração o impossibilita de viver longe da Patty. Assim retorna para a guerra determinado a fazer tudo o que for possível para salvar a sua família.

Esta trama do segundo livro serve como uma degustação do que está por vir. Aguçou um pouco mais a nossa curiosidade.

Agora temos que aguardar o próximo livro para desvendarmos junto com a Patty e o Leo este mistério sobre o passado do Victor. O que será que aconteceu de tão terrível para fazê-lo odiar mãe e filha desta maneira?


P.S.: Para que possam entender um pouco sobre possessão vou colocar aqui uma explicação básica: 
Quando o espírito obsessor tem com sua vítima uma afinidade fluídica 
quase perfeita, a obsessão apresenta um aspecto muito mais grave, porque se transforma em possessão. 
As irradiações fluídicas do possesso, combinando-se muito bem com as do espírito possessor, fazem com que os perispírito dos dois se unam; em seguida, o espírito possessor paralisa a vontade do encarnado e, daí por diante, subjuga-o inteiramente, a ponto de se notarem no possesso duas personalidades: a dele e a do possessor. 
Os característicos de um possesso são os de um louco furioso: corre pelas ruas, rasga a roupa, arroja-se ao chão, atira-se contra as pessoas, etc. Outras vezes fala sozinho durante horas, faz discursos ou mantém conversas absurdas.





Um leve bater de asas *O:-) anjinho  *O:-) anjinho  para todos!!!!

Khrys Anjos

Um comentário:

  1. Amore, mais uma vez venho agradecer pela linda resenha e perspicácia ao fazer as observações sobre o livro e os dons de Paty. Queria aprofundar mais no assunto, mas conheço pouco da visão espírita. Obrigada de coração. Uma semana maravilhosa

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