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quarta-feira, 14 de junho de 2017

(Resenha) O Mago - O Guardião dos 22 segredos - Luísa Jourdain

Titulo: O Mago - O Guardião dos 22 segredos

Autora: Luísa Jourdain

Editora: Chiado Editora

Ano: 2015

Páginas: 670

Literatura estrangeira: Português de Portugal



Sinopse: Lisboa, ano de 2010. Próximo do Natal, o inverno promete ser longo, frio e sombrio. Bernardo de Vila Nova, psicólogo e cidadão do mundo, não imaginava o que o esperava ao chegar a casa e sentar-se no velho sofá com um livro novo nas mãos.
Helena Pereira, estudante e taróloga, dispunha as cartas do Tarot sentada no chão do seu quarto. Estava longe de adivinhar o que ia acontecer quando uma das cartas lhe saltasse das mãos. Invocados pelo Zodíaco, viajam no tempo à mística Provença Medieval ao encontro de uma ordem esotérica de magos e feiticeiras.
Rodeados de magia, recebidos por um astrólogo, um alquimista e um professor, protegidos pelas feiticeiras da Força, da Justiça e da Temperança, seriam iluminados pelo conhecimento antigo e assistiriam à criação do Tarot de Marselha.
Ao longo de destemidas aventuras, enfrentam poderosas personagens e assistem, ao vivo, à criação dos arquétipos dos arcanos maiores do Tarot.
Que segredos trouxeram? Que magias revelaram?
O que muda, cresce e enaltece no Ser quando se transforma num viajante do tempo e percorre os caminhos fantásticos da alma oculta e da mente iluminada.





*** 



Bernardo é o primeiro a ser levado nesta viagem no tempo, pois os Magos precisam da sua autorização para levar a sua pupila de encontro ao seu destino.

Ele conhece as Feiticeiras, os Magos e seus pajens. Nasce um laço de irmandade muito forte entre ele e o jovem Amadeus.

Quando Helena chega tem uma surpresa desagradável por ser recebida pelo ser do Mal em pessoa. Mas ela percebe que nem tudo o que vemos é realmente a verdadeira face de uma pessoa.

No decorrer da trama os dois passam por situações que colocam os conceitos que eles têm sobre vários assuntos em um debate interior. Principalmente o Bernardo que apesar da namorada ser uma taróloga não está familiarizado com o os arquétipos do Tarot.

Cada um dos personagens que eles encontram mostram as duas personalidades de cada carta do Tarot de Marselha.

E no final da viagem eles voltam para casa transformados em seres melhores e com uma experiência que os torna conhecedores de si mesmos.

Esta é a mensagem principal desta obra. Somente quem conhece o seu lado negro pode ser verdadeiro com os seus sentimentos.

Não adianta negarmos que possuímos o Mal dentro de nós, pois ele faz parte do nosso ser. O ser humano é constituído de duas metades que se completam e não existem uma sem a outra.

É a dualidade do Bem e do Mal, do Yin e do Yang, do Preto e do Branco, da Luz e da Treva.

Quando nos dispomos a entrar dentro de nós mesmos para conhecermos a fundo quem somos temos que estar preparados para enfrentar o que preferimos deixar escondido.

Ao superarmos este limite conseguimos ver o mundo de uma forma diferente, pois passamos a entender que a outra pessoa também tem esta dualidade a ser equilibrada.

Para quem está habituado a percorrer o caminho do esoterismo e estuda o tarot irá encontrar aqui uma excelente fonte de conhecimento. E para quem estuda a psicologia terá um oceano de conhecimento.

Os personagens mostram como é a estrada que leva ao aprimoramento do ser e como nós somos relacionados com cada arquétipo do tarot ao longo da nossa vida. 
Em todas as situações do nosso cotidiano temos a chance de reconhecer determinada atitude ou pensamento que remete a um dos arquétipos.

Saber equilibrar a balança da dualidade deve ser a nossa principal meta a ser aprendida.

Nem sempre quem consideramos ser o Mal, realmente é. Assim como nem todo ser que vive pregando o Bem está imune a praticar o Mal também.

A mente humana é um vasto campo e as possibilidades de personalidades são infinitas. O que pensamos hoje pode mudar amanhã.

Bernardo é um psicólogo, mas só passa a se conhecer de verdade quando admite a existência da magia.

Nós estamos tão habituados a não enxergarmos além do que os nossos olhos vêem que negamos o poder que a magia possui. Ela existe para quem acredita nela e é capaz de transformar uma pessoa num ser humano melhor quando ele a aceita na sua vida e a respeita como parte de si mesmo.

A viagem no tempo até a Era Medieval é necessária para fazer com que tanto o Bernardo quanto o leitor resgatem esta força que transcende o real. A magia do Tarot é capaz de nos mostrar o caminho, mas é a nossa mente que nos direcionará a segui-lo.






Um leve bater de asas *O:-) anjinho  *O:-) anjinho  para todos!!!!

Khrys Anjos

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