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quinta-feira, 13 de setembro de 2018

(Resenha) Nunca É Pra Sempre - Amarilis de Oliveira

Título: Nunca É Pra Sempre

Autora: Amarilis de Oliveira

Ano: 2018

Páginas: 224

Editora: Vida e Consciência




Sinopse: Viver na ilusão tem seu preço e, quando menos esperamos, colhemos o que plantamos. Deus, no entanto, nunca nos condena eternamente por nossos erros e sempre nos oferece novas oportunidades de aprendizado.
Nesta emocionante história, Adelaide não tinha forças para superar sozinha suas imperfeições, porém, com a ajuda dos amigos espirituais, ela compreenderá a importância do amor e do carinho na preservação do equilíbrio e no cultivo dos verdadeiros valores da alma.




***




Adelaide tem dois filhos, o Ricardo e o Perseu, e é casada com o Alberto. Ela poderia ter uma vida muito feliz ao lado deles, mas escolhe o pior caminho para aprender as lições que precisa absorver para evoluir como ser humano.

Infelizmente ela comete este mesmo erro há algumas encarnações. Seu amigo espiritual Magno é um verdadeiro anjo, pois tinha todos os motivos para abandoná-la e não o fez.

Pelo contrário. Permaneceu ao seu lado em cada encarnação lhe inspirando e tentando fazê-la mudar seu jeito de agir para que não tivesse que passar pelo sofrimento físico, mental, emocional e espiritual novamente. E cada vez que sua protegida deslizava pelo abismo ele sofria ainda mais.

Esta história serve para nos mostrar o quanto ainda somos imperfeitos. Adelaide tinha tudo para ser feliz, mas lhe faltava uma coisa muito importante: o amor próprio. Somente quem se ama e se respeita é capaz de amar e respeitar a outra pessoa.

Também serve como um alerta para o leitor. A atitude da Adelaide com relação ao marido é a mesma praticada por milhares de mulheres em seus lares. Começa como uma demonstração de amor e termina como uma prova de psicopatia.

Ciúme não é indicativo de amor. É uma doença e deve ser tratada, pois se for “alimentada” pelo doente se transforma num monstro que devora tudo a sua frente.

E é isso que a Adelaide permite que aconteça na vida dela. Ela destrói seu casamento quando aquele sentimento que muitos consideram até engraçadinho (o ciúme) cresce e vira uma obsessão tanto pelo marido quanto pelos filhos.

A doença se torna tão grave que aqueles que antes eram o foco da sua paixão passam a ser seus algozes na sua mente doentia. Ela modifica seu comportamento, mas em vez de seguir os conselhos inspirados pelo Magno ela trilha um caminho espinhoso e fatal.

E é este exemplo que o leitor precisa observar. Enquanto o ciúme e a inveja não forem considerados doenças que precisam ser tratadas continuaremos a ver pessoas agindo como a Adelaide e desperdiçando a chance que Deus nos oferece com cada encarnação.

Todos nós conhecemos alguém que comete este mesmo erro da Adelaide, ou pior, o praticamos. O fato de estarmos num relacionamento, seja namoro, noivado ou casamento, não nos torna donos da outra pessoa.

Cheirar a roupa, vasculhar carteira ou bolsa, mexer no celular. Isso não é para ser considerado normal. É invasão de privacidade e uma total demonstração de respeito pelo outro.

Confiança deve ser à base de qualquer relacionamento. Se ela não existe é porque a pessoa não sabe amar. O amor e a confiança precisam andar não de mãos dadas, mas de mãos algemadas.

E o primeiro e mais importante amor que a pessoa tem que sentir é por si mesma. Se ela se ama não deixará brecha na sua mente para que a doença do ciúme se instale e se propague como um câncer a lhe corroer a alma. Ela amará o parceiro plenamente, pois será uma extensão do amor que sente por ela mesma.

Quem convive com uma pessoa ciumenta sabe bem o inferno que a sua vida se transforma. Não poder falar com outra pessoa, não poder ligar, ter que fazer as coisas realmente escondidas para não causar uma briga.

Isso não é vida recomendada para ninguém. O prejuízo para a saúde mental e emocional acaba refletindo no corpo físico.

E não é somente entre um casal que existe esta relação destrutiva. Ela pode acontecer entre mãe e filho ou entre amigos.

Costumo falar que o indicativo para que eu me afaste de uma pessoa é exatamente a demonstração de ciúme. Esta é uma doença muito grave que precisa ser tratada.
Mas o tratamento só ocorre se a pessoa doente quiser. Infelizmente não existe remédio milagroso nem se pode tratar a pessoa contra a sua vontade.

E é isso que vemos nesta obra. A Adelaide era uma doente que preferia alimentar a doença. Perdeu momentos maravilhosos que poderia ter vivenciado com a família e teve que aprender da pior maneira que somos nós que trilhamos o nosso destino através das escolhas que fazemos.

Quanto mais optamos por seguir o caminho espinhoso, mais feridos ficamos e também mais presos nos emaranhados.

Nem todo mundo está disposto a continuar amando uma pessoa que se recusa a se ajudar. O amor se não for acalentado pode se transformar em mágoa.

Ninguém é obrigado a retribuir o que oferecemos. Não aceito amor por obrigação seja de mãe, filho, marido ou amiga.

Eu ofereço o meu melhor sentimento para a pessoa. Se ela quiser recebê-lo ficarei feliz, mas se ela se recusar a receber não a odiarei por isso. Mas também não alimentarei mais o amor e com o passar dos tempos ele sumirá. Sempre fui assim e sempre serei.

Esta é uma obra para fazer o leitor refletir sobre que tipo de pessoa ele é. Que tipo de comportamento ele tem com relação as pessoas que fazem parte da vida dele. É um alerta para aqueles que estão percorrendo o caminho da solidão total.

Existem alguns tipos de solidão e a mais dolorosa é aquela que caracteriza que nós nos abandonamos ao expulsarmos do nosso convívio as pessoas encarnadas e os nossos amigos encarnados que só querem o nosso bem mesmo quando estamos fazendo tanto mal as pessoas e a nós também.


    


Um leve bater de asas *O:-) anjinho  *O:-) anjinho  para todos!!!!

Khrys Anjos

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