Image Map

domingo, 10 de março de 2019

(Resenha) Nildrien - Os Esquecidos (Volume 2) - Manoel Batista

 Título: Nildrien - Os Esquecidos (Volume 2) 

Autor: Manoel Batista

Ano: 2018

Páginas: 640

Editora: Novo Século



Sinopse: Após a conquista do Pergaminho na Caverna Antiga e a formação da Força Especial com os heróis da empreitada, o Reino de Nalim não poderia viver dias de maior euforia. Com o Príncipe das Trevas e dois de seus asseclas capturados, a Rainha Dyla planeja sua execução, um grande evento em praça pública, que atrairá a atenção de toda a terra de Nildrien e colocará seu reinado de uma vez por todas entre os mais populares do mundo.

Temendo que uma atitude de tamanhas proporções possa iniciar uma guerra mundial, a Princesa de Skyllus, Lóris, tentará de todas as formas demover Dyla de sua decisão, relembrando-se de sua aliança temporária com Josh na Caverna Antiga, onde percebera que o herdeiro de Asenhar e as trevas não eram tão terríveis como aparentavam.
De uma viagem por um imenso e impiedoso deserto, com um novo e exótico reinado, a um passeio pelo submundo, uma nova aventura se desenrola nesse fantástico universo, à medida que a execução dos membros de Asenhar se aproxima e uma misteriosa e sombria força paira sobre Nalim, espreitando em cada canto.




***



A rainha Dyla se deixa dominar por um dos sentimentos mais corrosivo para a própria pessoa que o sente: o desejo de vingança. Ela não se importava mais com nada além de montar um espetáculo para executar o Príncipe das Trevas.

A Força Especial foi enviada numa viagem diplomática a Azent, o Reino do Deserto, mas dois integrantes da jornada pela Caverna Antiga permaneceram em Nalim.

A Princesa Lóris estava decidida a fazer a rainha mudar de idéia quanto a execução do Príncipe Josh e se aliou a Princesa Syla, que também não concordava com esta escolha feita pela sua mãe.

As duas começaram uma verdadeira corrida contra o tempo tentando encontrar alguém que pudesse ajudá-las a demover a Rainha deste intento.

Enquanto isso a Força Especial cruzou o deserto de uma maneira quase tranquila tendo apenas um momento de altíssima tensão. E esta situação mais uma vez demonstrou porque o Histran se tornou o meu preferido no primeiro livro. Já em Azent o Torneio em homenagem as duas décadas de reinado do rei acabou fazendo o grupo ter uma grande decepção com o Karson (eu entrei na lista de decepcionados já que ele era o meu preferido número dois).

As Princesas ao darem uma última cartada para tentar conseguir uma aliada para impedir a execução dos 3 integrantes de Asenhar acabam caindo numa armadilha tenebrosa. Elas são feitas reféns por um monstro e levadas a Ilha da Penitência.

Esta ilha era o local para onde os “criminosos” de Nalim foram enviados pelos dois reis antecessores a Rainha Dyla e completamente esquecidos pelos demais moradores do reino.

Este foi o pior erro cometido por todos. E tiveram que pagar um preço altíssimo por causa deste esquecimento.

A Força Especial teve que ser dividida com alguns sendo enviados a Ilha para resgatarem as Princesas antes que elas também tivesses que ser destruídas e a outra parte ficou em Nalim para proteger os moradores do reino da invasão de seres infernais que tinham a intenção de aniquilar toda a população.

O grupo enviado a Ilha ganhou 5 outros integrantes, pois precisavam equilibrar as forças das Trevas. Este grupo teve que enfrentar adversários poderosíssimos, extremamente habilidosos e psicopatas.

Infelizmente nem todos voltaram vivos ou inteiros desta batalha.

Como definir esta nova história do autor Manoel? Eu a classifico como uma escrita tsunami. No começo esta branda como o mar chegando na areia da praia. Aos poucos ela vai sendo puxada em direção ao alto mar e criando uma onda gigantesca que ao entrar em contato novamente com a terra firme vai causando um estrago por onde passa.

Quando acontece na Natureza é um espetáculo muito triste, mas quando acontece na forma de um autor narrar a sua história é simplesmente fantástico, pois mostra e comprova todo o seu talento.

O Manoel tem um dom incrível e é um mestre nesta narrativa que classifico como tsunami. Se a pessoa não tiver a paciência de esperar a onda gigante explodir na areia irá perder uma história épica. As lutas ferozes, brutais e mortais que se desenrolam na Ilha fariam esta história ganhar um Oscar se fosse transformada em filme.

O autor mais uma vez mostrou que as aparências enganam. Nem toda pessoa criada para ser ruim, o é de verdade. Assim como nem toda pessoa criada para ser do bem, tem esta índole latente dentro dela.

Desta vez não irei dizer que tive um personagem favorito, pois teve momentos que me identifiquei com as atitudes de cada um dos personagens. O Hanns me fez querer novamente praticar uma tortura chinesa com ele, pois desta vez um papagaio foi envolvido. Mas se eu estivesse no meio da história, mais precisamente no momento em que parte do grupo estava na biblioteca, teria concordado com ele e o permitido por um fim em um dos inimigos.

O Príncipe Josh acabou me conquistando por não ser o herói que salva a mocinha. Ele era o vilão que salva a mocinha. Senti o cheirinho de romance no ar no primeiro livro e agora além do cheirinho tem um gostinho também.

Dois pontos devem ser destacados aqui: O primeiro é que a história se passa na era medieval, mas os personagens usam algumas gírias atuais. Isso os trás para o nosso cotidiano e nos remete ao meio da história. Achei muito bacana.

O segundo é a mensagem que eu considerei a principal neste livro. A maioria das pessoas quando ouvem o conselho que Jesus deixou para nos guiar rumo ao autoconhecimento, que é o famoso “Orai e Vigiai”, erroneamente o interpreta como rezar e vigiar a vida alheia. Nós temos que vigiar o nosso próprio pensamento e as nossas próprias atitudes.

Foi isso que alguns personagens precisaram aprender através da dor física ou moral. Eles se deixaram dominar por sentimentos mesquinhos como o orgulho, a inveja, o ego, a vingança e receberam lições amargas para perceberem que estavam no caminho errado.


Seja qual for o sentimento se permitirmos que ele guie as nossas ações e essas acarretem um prejuízo para a outra pessoa temos que parar e refletir de maneira bem séria sobre este ser que estamos nos tornando. É um processo doloroso e solitário. Mas nos conduz ao encontro de nós mesmos e nos possibilita olharmos o nosso reflexo diante do espelho sem sentirmos nenhuma vergonha de sermos quem verdadeiramente somos.  

E outra descoberta que fiz é que o autor Manoel é seguidor de um Deus que provavelmente tem em Nildrien (ainda não foi mencionado, mas acredito que exista por lá): O Deus da Tortura.

Quando cheguei na última página e li a cena final não consegui acreditar. Virei o livro de ponta cabeça imaginando que tinha algumas páginas escondidas, mas para a minha irremediável tristeza tinha mesmo se encerrado ali.

Agora é aguardar sem NENHUMA ANSIEDADE o lançamento do terceiro livro onde nossos companheiros de aventuras irão se digladiar no Torneio de Guerra. Minha mente viajou longe e estou imaginando como serão as cenas de lutas deste torneio.

Espero que isso ocorra já no próximo mês kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    

Um leve bater de asas *O:-) anjinho  *O:-) anjinho  para todos!!!!

Khrys Anjos

Nenhum comentário:

Postar um comentário