Autor: Manoel
Batista
Ano: 2018
Páginas:
640
Sinopse: Após
a conquista do Pergaminho na Caverna Antiga e a formação da Força Especial com
os heróis da empreitada, o Reino de Nalim não poderia viver dias de maior
euforia. Com o Príncipe das Trevas e dois de seus asseclas capturados, a Rainha
Dyla planeja sua execução, um grande evento em praça pública, que atrairá a
atenção de toda a terra de Nildrien e colocará seu reinado de uma vez por todas
entre os mais populares do mundo.
Temendo que uma atitude de tamanhas proporções possa iniciar uma guerra
mundial, a Princesa de Skyllus, Lóris, tentará de todas as formas demover Dyla
de sua decisão, relembrando-se de sua aliança temporária com Josh na Caverna
Antiga, onde percebera que o herdeiro de Asenhar e as trevas não eram tão
terríveis como aparentavam.
De uma viagem por um imenso e impiedoso deserto, com um novo e exótico reinado,
a um passeio pelo submundo, uma nova aventura se desenrola nesse fantástico
universo, à medida que a execução dos membros de Asenhar se aproxima e uma
misteriosa e sombria força paira sobre Nalim, espreitando em cada canto.
***
A rainha
Dyla se deixa dominar por um dos sentimentos mais corrosivo para a própria
pessoa que o sente: o desejo de vingança. Ela não se importava mais com nada além
de montar um espetáculo para executar o Príncipe das Trevas.
A Força
Especial foi enviada numa viagem diplomática a Azent, o Reino do Deserto, mas
dois integrantes da jornada pela Caverna Antiga permaneceram em Nalim.
A
Princesa Lóris estava decidida a fazer a rainha mudar de idéia quanto a execução
do Príncipe Josh e se aliou a Princesa Syla, que também não concordava com esta
escolha feita pela sua mãe.
As duas
começaram uma verdadeira corrida contra o tempo tentando encontrar alguém que
pudesse ajudá-las a demover a Rainha deste intento.
Enquanto
isso a Força Especial cruzou o deserto de uma maneira quase tranquila tendo
apenas um momento de altíssima tensão. E esta situação mais uma vez demonstrou
porque o Histran se tornou o meu preferido no primeiro livro. Já em Azent o
Torneio em homenagem as duas décadas de reinado do rei acabou fazendo o grupo ter
uma grande decepção com o Karson (eu entrei na lista de decepcionados já que
ele era o meu preferido número dois).
As
Princesas ao darem uma última cartada para tentar conseguir uma aliada para impedir
a execução dos 3 integrantes de Asenhar acabam caindo numa armadilha tenebrosa.
Elas são feitas reféns por um monstro e levadas a Ilha da Penitência.
Esta ilha
era o local para onde os “criminosos” de Nalim foram enviados pelos dois reis
antecessores a Rainha Dyla e completamente esquecidos pelos demais moradores do
reino.
Este foi
o pior erro cometido por todos. E tiveram que pagar um preço altíssimo por causa
deste esquecimento.
A Força
Especial teve que ser dividida com alguns sendo enviados a Ilha para resgatarem
as Princesas antes que elas também tivesses que ser destruídas e a outra parte
ficou em Nalim para proteger os moradores do reino da invasão de seres
infernais que tinham a intenção de aniquilar toda a população.
O grupo
enviado a Ilha ganhou 5 outros integrantes, pois precisavam equilibrar as
forças das Trevas. Este grupo teve que enfrentar adversários poderosíssimos, extremamente
habilidosos e psicopatas.
Infelizmente
nem todos voltaram vivos ou inteiros desta batalha.
Como
definir esta nova história do autor Manoel? Eu a classifico como uma escrita tsunami.
No começo esta branda como o mar chegando na areia da praia. Aos poucos ela vai
sendo puxada em direção ao alto mar e criando uma onda gigantesca que ao entrar
em contato novamente com a terra firme vai causando um estrago por onde passa.
Quando
acontece na Natureza é um espetáculo muito triste, mas quando acontece na forma
de um autor narrar a sua história é simplesmente fantástico, pois mostra e comprova
todo o seu talento.
O Manoel
tem um dom incrível e é um mestre nesta narrativa que classifico como tsunami.
Se a pessoa não tiver a paciência de esperar a onda gigante explodir na areia irá
perder uma história épica. As lutas ferozes, brutais e mortais que se desenrolam
na Ilha fariam esta história ganhar um Oscar se fosse transformada em filme.
O autor
mais uma vez mostrou que as aparências enganam. Nem toda pessoa criada para ser
ruim, o é de verdade. Assim como nem toda pessoa criada para ser do bem, tem
esta índole latente dentro dela.
Desta vez
não irei dizer que tive um personagem favorito, pois teve momentos que me
identifiquei com as atitudes de cada um dos personagens. O Hanns me fez querer novamente
praticar uma tortura chinesa com ele, pois desta vez um papagaio foi envolvido.
Mas se eu estivesse no meio da história, mais precisamente no momento em que
parte do grupo estava na biblioteca, teria concordado com ele e o permitido por
um fim em um dos inimigos.
O
Príncipe Josh acabou me conquistando por não ser o herói que salva a mocinha.
Ele era o vilão que salva a mocinha. Senti o cheirinho de romance no ar no primeiro
livro e agora além do cheirinho tem um gostinho também.
Dois
pontos devem ser destacados aqui: O primeiro é que a história se passa na era
medieval, mas os personagens usam algumas gírias atuais. Isso os trás para o
nosso cotidiano e nos remete ao meio da história. Achei muito bacana.
O segundo
é a mensagem que eu considerei a principal neste livro. A maioria das pessoas quando
ouvem o conselho que Jesus deixou para nos guiar rumo ao autoconhecimento, que
é o famoso “Orai e Vigiai”, erroneamente o interpreta como rezar e vigiar a
vida alheia. Nós temos que vigiar o nosso próprio pensamento e as nossas
próprias atitudes.
Foi isso
que alguns personagens precisaram aprender através da dor física ou moral. Eles
se deixaram dominar por sentimentos mesquinhos como o orgulho, a inveja, o ego,
a vingança e receberam lições amargas para perceberem que estavam no caminho
errado.
Seja qual
for o sentimento se permitirmos que ele guie as nossas ações e essas acarretem
um prejuízo para a outra pessoa temos que parar e refletir de maneira bem séria
sobre este ser que estamos nos tornando. É um processo doloroso e solitário.
Mas nos conduz ao encontro de nós mesmos e nos possibilita olharmos o nosso
reflexo diante do espelho sem sentirmos nenhuma vergonha de sermos quem
verdadeiramente somos.
E outra
descoberta que fiz é que o autor Manoel é seguidor de um Deus que provavelmente
tem em Nildrien (ainda não foi mencionado, mas acredito que exista por lá): O
Deus da Tortura.
Quando
cheguei na última página e li a cena final não consegui acreditar. Virei o
livro de ponta cabeça imaginando que tinha algumas páginas escondidas, mas para
a minha irremediável tristeza tinha mesmo se encerrado ali.
Agora é
aguardar sem NENHUMA ANSIEDADE o lançamento do terceiro livro onde nossos
companheiros de aventuras irão se digladiar no Torneio de Guerra. Minha mente viajou
longe e estou imaginando como serão as cenas de lutas deste torneio.
Espero
que isso ocorra já no próximo mês kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Khrys Anjos
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