Maria Fernanda Guerreiro
Editora Novo Conceito/Novo Conceito Jovem
256 páginas
Ano: 2012
Sinopse:
"Sensível e tão real a ponto de fazer você se sentir parte da família, A filha da minha mãe e eu conta a história do difícil relacionamento entre Helena e sua filha, Mariana. A história começa quando Mariana descobre que está grávida e se dá conta de que, antes de se tornar mãe, é preciso rever seu papel como filha, tentar compreender o de Helena e, principalmente, perdoar a ambas. Inicia-se, então, uma revisão do passado – processo doloroso, mas imensamente revelador, pautado por situações comoventes, personagens complexos e pequenas verdades que contêm a história de cada um."
***
Costumo dizer que quem não tem um relacionamento
complicado com a mãe que atire a primeira flor (pedra machuca muito). Se você
não tem é uma privilegiada.
A meu ver esse é o relacionamento mais complicado
que temos na vida. São choques de ideias, atitudes, sentimentos.
A frase “Só se aprende a dar valor a mãe quando nos
tornamos mãe” mostra o quanto essa relação pode ser difícil.
O livro mostra isso nos diálogos e nas atitudes
tanto da Helena quanto da Mariana. Como a Helena não teve um bom exemplo de
mãe, ela não sabe lidar com a Mariana.
Houve momentos durante a leitura que me peguei
perguntando se a autora de alguma forma conseguiu descobrir algumas passagens
da minha vida.
Assim como a Mariana sempre fui mais apegada ao meu
pai. E na minha família também ocorre a falta de contato físico e sentimental.
A mensagem que o livro nos deixa é que devemos
aprender que uma mãe não é obrigada a amar uma filha ou filho. Não se ama por
obrigação. Ou esse sentimento existe por livre e espontânea vontade ou não deve
existir.
Se um pessoa diz que ama seu filho porque foi ela
que o trouxe ao mundo acho que deveria parar e pensar sobre esse sentimento.
Devemos amar uma pessoa pelo que ela é como pessoa
e não por ser nossa filha. Assim como uma filha também não tem a obrigação de
amar sua mãe só porque ela lhe deu a vida. Seja grata à ela mas não condicione
seu amor a um dever.
Nos relacionamentos entre mãe e filhos existe o que
a Helena mesmo disse no livro: afinidades. Mas uma coisa é uma mulher saber
essa diferença e outra bem diferente é uma criança entender o por que da mãe
preferir seu irmão.
Por mais que digam que amor de mãe é tudo igual,que
ela ama os filhos da mesma forma, eu tenho que discordar. Uma mãe pode amar um
filho e gostar do outro. Isso é normal e deveríamos aprender essa diferença
pois assim poderíamos lidar melhor com o relacionamento sem causar tanta dor e
sofrimento para as crianças.
Não é um caminho fácil descobrir essa verdade mas
acho que a sinceridade de sentimento é o que deveria existir entre mães e
filhos.
Não estou dizendo que uma mãe deve dizer a uma
criança que não a ama. O trauma seria muito maior. Mas deveria lhe mostrar que
o amor deve ser espontâneo pois assim a criança também estará livre dessa
obrigação de amar e demonstrar esse falso amor pela mãe.
Acho que é por isso que decidi não ser mãe pois
quero o amor sem as prisões da maternidade física. Talvez um dia resolva adotar
uma criança pois dessa forma ela saberá que foi escolhida e que pode me
oferecer seu amor puro.
O livro deveria ser dado como manual para as mães e
futuras mães pois assim elas já teriam um ideia do que irão encarar nesse
relacionamento tão conturbado com seus filhos.
Como disse aquele que não tem ou teve problemas de
relacionamento com a mãe é privilegiado pois teve a oportunidade de conviver
com alguém que aprendeu o verdadeiro significado de Amar.
Um leve bater de asas para todos!!!!
Khrys Anjos
Que lindo! Fiquei curiosa! Ah amei você ter trocado pedras por flores! :D
ResponderExcluirBoa tarde! Um grande beijo!
yarasousa.blogspot.com.br/
Bem intenso o assunto abordado... na verdade, qualquer tipo de relacionamento é complicado, você sempre tem que ceder em alguns momentos, sempre vai ter uma hora que vai ter que engolir uns sapos e baixar a guarda... com os pais não é diferente... Eu acho difícil aceitar o fato de uma mãe não amar seu filho, acho que muitas vezes a pessoa não sabe demonstrar amor, enfim... mas claro, sabemos que nesse mundo acontece de tudo...
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirEu vim retribuir uma antiga visitinha e comentário em meu blog. Desculpe a demora, o blog estava em hiato. Volte sempre.
Eu estou com esse livro em minha estante, mas ainda não o li. Espero ter a oportunidade em breve, pois parece ser interessante. Gosto de livros que tratam de relacionamentos.
BjoO
Pri
Entre Fatos e Livros