Autora:
Emily Giffin
Ano:
2015
Páginas:
448
Editora:
Novo Conceito
Sinopse:
Shea tem 33 anos e passou toda a sua vida em uma cidadezinha
universitária que vive em função do futebol americano. Criada
junto com sua melhor amiga, Lucy, filha do lendário treinador Clive
Carr, Shea nunca teve coragem de deixar sua terra natal. Acabou
cursando a universidade, onde conseguiu um emprego no departamento
atlético e passa todos os dias junto do treinador e já está no
mesmo cargo há mais de dez anos.
Quando
finalmente abre mão da segurança e decide trilhar um caminho
desconhecido, Shea descobre novas verdades sobre pessoas e fatos e
essa situação a obriga a confrontar seus desejos mais profundos,
seus medos e segredos.
A
aclamada autora de Questões do Coração e Presentes da Vida criou
uma história extraordinária sobre amor e lealdade e sobre uma
heroína não convencional que luta para conciliá-los.
***
Shea
respira futebol americano 24hs por dia. A sua vida gira em torno
deste esporte. E como o seu círculo de amizades está diretamente
ligado não poderia se envolver com pessoas “normais”. Seus
relacionamentos sempre acabam sendo com algum esportista.
A
amizade dela com a Lucy prova que duas pessoas que são o oposto na
personalidade podem criar laços mais fortes que os de sangue.
Mesmo
sendo filha do treinador do time de futebol Lucy não herdou do pai a
paixão pelo esporte. Claro que ela torce pelo time e pelas vitórias
mas não com a mesma intensidade que a Shea faz.
No
decorrer da história Shea vai aprendendo a identificar os seus
sentimentos. Ela termina um relacionamento. Começa outro mas não
está completamente feliz pois falta algo.
Quando
ela descobre o que está faltando vai atrás de uma confirmação. Ao
constatar que o sentimento não está restrito apenas a si mesma
passa a se questionar sobre suas escolhas.
Para
que possa viver este amor irá inevitavelmente fazer outras pessoas
sofrerem pois essas pessoas não aceitam a sua relação com o seu
par perfeito.
As
questões levantadas com esta leitura nos faz refletir sobre o que é
realmente importante: sermos felizes ou fazermos os outros felizes?
Devo abrir mão de amar quem meu coração escolheu só porque as
pessoas não concordam com a minha decisão?
Isso
não quer dizer que é certo sair virando as vidas das outras pessoas
pelo avesso porque decidimos ir atrás da realização deste amor.
Tudo tem que ser feito tentando causar o menor estrago possível. Mas
se for absolutamente impossível não ferir que seja por uma questão
verdeira e não um simples capricho.
No
caso da Shea este abalo foi grande. Até mesmo chegou a colocar a
amizade dela com a Lucy em xeque (eu teria tido uma atitude bem mais
drástica. Não aceito esta história de ou ele ou eu).
Acredito
que a relação mal iniciada e mal acabada dos pais teve um efeito
muito profundo na maneira como a Shea vivia.
Ela
se envolvia com os caras sem estar 100% na relação. Faltava a
confiança e a liberdade do sentimento.
Mas
quando veio esta certeza não houve como segurar. Foi um arremesso
perfeito.
Esta
história tem como base o futebol americano mas pode ser adaptada
para qualquer tipo de esporte. Ela não é exclusiva. O que a autora
quis mostrar foi a paixão que os americanos têm pelo esporte. Assim
com os brasileiros são fissurados por futebol.
Porém
isso não impede a leitura por parte das pessoas que não gostem do
esporte. Eu particularmente o considero o mais violento e brutal de
todos mas não senti nenhuma dificuldade em ler a história pois aqui
não estava sendo relatada apenas uma partida no campo.
Primeiro
e Único vai além, vai mais fundo. Aborda temas polêmicos. Nos
mostra que a nossa vida deve estar sempre baseada no amor-próprio.
Nossas
escolhas terão consequências não apenas nas nossas vidas mas nas
de todos os que convivem conosco.
Não
posso deixar meus sonhos engavetados acumulando poeira por não ter
coragem de lutar. E não posso abrir mão da minha felicidade por
medo da reação das outras pessoas.
Acredito
que quem me ama torcerá pela minha felicidade mesmo que não
concorde com a minha escolha. E a aceitará.
Acho
que este é o grande desafio da vida: aceitar as escolhas do outro.
Estamos
tão acostumados a impor nossas vontades que ao nos deparamos com
alguém que tem a coragem de escolher por si mesmo nos sentimos no
direito de ficarmos magoados.
A
vida é muito curta para deixarmos a felicidade escapar. Por mais que
isso vá ferir alguém temos que ser egoísta neste momento e nos
escolher em primeiro lugar.
Só
assim poderemos nos olhar de frente no espelho sem as sombras do
arrependimento pelo que poderíamos ter feito e vivido.
Um leve bater de asas para todos!!!!
Khrys Anjos
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