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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

(Resenha) Cinco dias - Julie Lawson Timmer


Título: Cinco dias  

Autora: Julie Lawson Timmer  

Ano: 2015  

Páginas: 368  

Editora: Novo Conceito  


Sinopse: Até que ponto você estaria disposto a se sacrificar por amor?  Mara Nichols é uma advogada bem-sucedida, esposa e mãe dedicada. Ela está doente. Uma doença devastadora. Ela precisa colocar um fim ao sofrimento dos últimos tempos.  
Scott Coffman é um professor do ensino fundamental que precisa cuidar de um garoto de oito anos enquanto a mãe do menino cumpre pena na prisão. Mara e Scott têm apenas cinco dias para dizer adeus àqueles que amam. Essa talvez seja a maior prova de amor que poderiam dar a essas pessoas. 
  
  


*** 




Duas histórias que se entrelaçam criando uma trama que fará com que os leitores parem para refletir sobre a sua vida e também para enxergar verdadeiramente as pessoas que fazem parte do seu convívio. 


Mara tem uma vida "perfeita". Foi adotada quando era um bebê e recebeu de seus pais todo o amor que uma criança necessita para se tornar uma pessoa digna. Casada com Tom, que conheceu na faculdade e se tornou um amigo e companheiro de alma, repete a atitude altruísta dos pais e adota a bebê Lakshimi 

Levava uma vida "normal" até descobrir que nasceu com uma doença degenerativa, herança genética de um dos pais biológicos, e passa a sobreviver com os sintomas devastadores. Ela se impõe um limite para suportar os efeitos catastróficos da doença de Huntington em seu corpo. 

Quando esta data limite se aproxima começa a se despedir silenciosamente daqueles a quem tanto ama: seu marido Tom, sua filha Laks, seus pais Neerja e Pori, e suas irmãs de coração Steph e Gina, mais conhecidas como Aquelas Moças. 

Ela participa de um fórum on line onde são debatidos temas referentes as vidas dos seus integrantes e assim mesmo sem saber está fazendo parte da vida do Scott ainda que não se conheçam. 

Scott é casado com a Laurie que vem tentando engravidar a alguns anos. Ela é louca para ser mãe e quer ter um filho do próprio sangue para perpetuar seu amor pelo marido. 

Quando a mãe do pequeno Curtis é presa ele acaba levando o menino para morar na sua casa pelo período em que dura esta detenção. Assim ele passa a representar para esta criança o papel de pai. 

Laurie concorda com a situação mas deixa claro que será apenas por este tempo. Assim quando ela menos espera descobre que o tratamento para fertilização deu certo e que finalmente realizará seu grande sonho de se tornar mãe. 

Quando o tempo da prisão da mãe do Curtis chega ao fim Scott precisa fazer a escolha mais difícil que um pai pode fazer: deixar seu filho partir. Porém um algo acontece e ele precisa rever esta decisão. O que coloca a Laurie no meio de um furacão. 

Dois temas fortes e que poucos têm coragem de abordar: suicídio e adoção temporária e definitiva. Falar destes temas e como colocar a mão num formigueiro. Sairá com alguns machucados porém nada que o impeça de se curar. 

As pessoas estão tão acostumadas a taparem suas vistas para o que acontece na vida dos outros que se assustam quando o outro toma uma atitude drástica e resolve colocar um fim ao seu sofrimento. 

Não estou dizendo que sou a favor do suicídio. Pelo contrário. Sou extremamente a favor da vida. Porém seria hipócrita ao dizer que condenei a Mara por tomar esta decisão. 

Não fazia ideia do estrago que esta doença de Huntington acarreta na pessoa. Os sintomas são aterradores. As cenas pelas quais a Mara passa por causa dela não são apenas humilhantes aos olhos de quem as presenciam mas torna o paciente em alguém que absolutamente ninguém quer ser. 

E conhecer estes sintomas através desta história nos faz ficarmos alertas para a nossa saúde e a das pessoas que convivem conosco. Imagine ver seu corpo ir perdendo toda a mobilidade aos poucos. Não ter mais controle sobre as funções intestinais. Sua memória ir regredindo até chegar ao vazio total. 

Sinceramente não sei se teria uma atitude diferente da que a Mara teve. Ela não suportou ser um farto para aqueles que a amavam. Por mais que seu marido, seus pais e suas amigas estivem ao seu lado a solidão da doença foi esmagadora. 

O Scott teve uma atitude egoísta pois não deu a Laurie a chance da escolha. Ela por amor ao marido recebe o menino Curtis em sua vida e mesmo sem perceber acaba por abrir também seu coração. E quando precisa finalmente fazer uma escolha fica na berlinda das emoções. 

Esta leitura trará uma compreensão mais apurada sobre a vida para o leitor. Aqui temos duas histórias que tocam a alma de quem as lê e nos mostra o quanto somos pequenos diante da imensidão do amor divino. 

Cinco dias. O que você faria se tivesse apenas cinco dias para se despedir daqueles a quem ama? O que iria lhes dizer?  

Então por que esperar estar neste limite para fazer ou dizer estas coisas? A vida é muito curta para perdermos tempo com coisas sem nenhum valor. O que irá contar a nossa favor quendo chegarmos ao outro plano será os sentimentos bons que alimentamos nos outros. E o bem que praticamos.


Um leve bater de asas *O:-) anjinho  *O:-) anjinho  para todos!!!!

Khrys Anjos

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