(Resenha) O Clã dos Quatro Guerreiros - Enoua # 1 - Diego Martins Ribeiro

Título: O Clã dos Quatro Guerreiros - Enoua # 1

Autor: Diego Martins Ribeiro

Ano: 2014

Páginas: 392

Editora: Novo Século

Sinopse: Quatro jovens com aparentemente muito pouco em comum seguem em um antigo carro vermelho-sangue por uma estrada deserta. Nada indica que qualquer tipo de perigo possa estar em seu caminho naquela pacata noite. No entanto, após se depararem com uma esfera de luz e sofrerem um estranho acidente, Gabriel, Henrique, Débora e Beatriz acordam em um lugar desconhecido, onde tudo parece possível. Em meio a personagens e paisagens surreais, como o monte de rochas flutuantes e a perigosa fera da Gruta Sombria, eles encontram pistas de como podem voltar para casa, e se assombram com as coincidências que envolvem sua chegada a Enoua, como se essa já fosse esperada por alguém misterioso.

Em uma incrível jornada que os fará conhecer mais sobre si próprios e aqueles que sempre estiveram à sua volta, eles irão descobrir que Enoua não é simplesmente um mundo distante, e que é preciso muito mais do que armas raras, amuletos cheios de segredos e armaduras indestrutíveis para se tornar um verdadeiro Guerreiro.

*** 

O que você faria se estivesse viajando numa estrada e de repente uma esfera aparecesse na frente do seu carro e se chocasse contra ele?

Gabriel, Débora e os irmãos Henrique e Beatriz tiverem esta estranha experiência. E ao acordarem descobrem que não estão mais na Terra.

Assim começa uma alucinante aventura em busca de uma maneira para retornarem para casa.

Para começar ficam sabendo que estão em Enoua. Um mundo diferente, porém, com algumas características de seu planeta natal.

Eles formam o Clã dos Quatro Guerreiros e têm que aprender a usar as armas raras que cada um recebe após ser tocado por um Pai da Inteligência.

Gabriel tem um relacionamento difícil com o pai por isso acaba se sentindo mais confortável com esta nova realidade. Ele é agraciado com um tridente (elemento Água).

Henrique é calado. O relacionamento com o pai é ainda mais difícil. No começo fica cético mas acaba por se deixar tocar por este novo mundo. Sua arma é um bastão de duas pontas (elemento Terra).

Beatriz é elétrica e espirituosa. Sua curiosidade e impetuosidade a colocam em situações de muita adrenalina. Ganhou como presente uma espada flamejante (elemento Fogo).

Débora é a mais tímida. É a última a aceitar esta nova vida. Sua sensibilidade a torna mais próxima dos animais (ela é vegetariana. Não preciso dizer o quanto fiquei feliz com esta personagem né?). Sua arma é um cajado (elemento Ar).

Beatriz e Débora são melhores amigas então esta experiência apenas reforça este laço. Já o Gabriel e o Henrique precisam reatar uma amizade perdida na infância.

No decorrer dos dias que passam em Enoua vão conhecendo pessoas que os ajudam a encontrar o caminho de volta e também seres horrendos que querem impedir este regresso.

Neste mundo onde a tecnologia se une a alquimia vivem humanos, humanoides, dragões e outros seres.

A característica que me fez querer encontrar esta esfera o mais rapidamente possível é que lá toda a população é vegetariana (meu sonho realizado). E ainda convivem com os dragões (adorei o Nathan por cuidar de um e ser seu protetor).

O convívio “forçado” serviu para forjar uma amizade sólida e profunda entre os quatro. Cada um teve que aprender a lidar com o que estava causando um bloqueio no seu mundo real.

A cada luta travada com os seres malignos a união se fortalecia aprimorando ainda mais suas habilidades e suas amizades.

E esta foi apenas a primeira aventura. Fico imaginando que outras lições estes jovens terão que aprender até se tornarem Os Quatro Guerreiros em toda sua plenitude.

O Diego criou uma trama tão cativante que é muito difícil largar a leitura. Enquanto não descobri o motivo da “abdução” não sosseguei.

A história foi desenvolvida de uma maneira que nos motiva a pensar em como seria o mundo ideal. Será que ele existe?

Nosso pensamento tem um poder incrível. A mente é capaz de nos proporcionar tanto a vitória como a derrota. Se não acreditarmos em nós mesmos fica quase impossível vencer uma batalha. Antes de vencer o outro temos que vencer a nós mesmos. Superar nossos limites. Aprender a usar nossas habilidades a nosso favor.

Ao entrarem naquele carro estes quatro jovens não imaginavam que estavam indo de encontro ao seu destino. Entraram sendo apenas vizinhos e saíram sendo amigos (e ainda pode pintar um romance).

Agora é esperar que a próxima aventura chegue voando tão rápido quanto o dragão Wil.

Um leve bater de asas     para todos!!!!

Khrys Anjos