Minha Montanha Russa de Emoções: (Resenha) O céu está em todo lugar

Autora: Jandy Nelson

Titulo: O céu está em todo lugar
Selo: NOVO CONCEITO
Ano: 2011
Edição: 1
Número de páginas: 424
Área Principal: FICÇÃO
Assuntos: ROMANCE

Sinopse: Eu deveria estar de luto, não me apaixonando. Às vezes é preciso perder tudo, para encontrar a si mesmo... Lennie Walker, obcecada por livros e música, tocava clarinete e vivia de forma segura e feliz, à sombra de sua brilhante irmã mais velha, Bailey. Mas quando Bailey morre de forma abrupta, Lennie é lançada ao centro de sua própria vida, e, apesar de não ter nenhum histórico com rapazes, ela se vê, subitamente, lutando para encontrar o equilíbrio entre dois: um deles a tira da tristeza, o outro a consola. O romance é uma celebração do amor, também um retrato da perda. A luta de Lennie, para encontrar sua própria melodia em meio ao ruído que a circunda, é sempre honesta, porém hilária e, sobretudo, inesquecível. Às 16h48 de uma sexta-feira de abril, minha irmã estava ensaiando para o papel de Julieta e, menos de um minuto depois, estava morta. Para minha surpresa, o tempo não parou com o coração dela. As pessoas continuaram indo à escola, ao trabalho, a restaurantes; continuaram quebrando bolachas salgadas em suas sopas, preocupando-se com as provas, cantando nos carros com as janelas abertas. Por vários dias, a chuva martelou o telhado da nossa casa — uma prova do terrível erro cometido por Deus. Toda as manhãs, quando me levantava, ouvia as incessantes batidas, olhava pela janela para a tristeza lá fora e me sentia aliviada, pois pelo menos o sol tivera a decência de ficar bem longe de nós.

***

A Jandy construiu uma história onde a Lennie precisou aprender o verdadeiro significado do amor.

Ela vivia num mundinho que considerava perfeito até que uma tragédia a força a vir para o mundo real.

Com a perda da irmã, que era seu alicerce, ela fica perdida e acaba se envolvendo com o “viúvo” da irmã. Ao mesmo tempo conhece Joe, o seu amor verdadeiro.

Quando perdemos alguém que consideramos como nossa âncora na vida ( a Bailey era essa âncora que mantinha a Lennie flutuando no meio do mar agitado) perdemos também a direção do barco.

E cada pessoa reage de uma forma diante da dor. Alguns entram em luto profundo, outros se drogam, outros se escondem. Enfim são vários os meios que nós usamos para fugir da dor.

No caso da Lennie ela se envolvi com o Toby (“viúvo” da irmã dela). Isso tem explicação na psicologia: Quando dois seres se encontram perdidos após uma tragédia acabam confundindo os sentimentos e para diminuir a dor se envolvem. É uma forma de trazer a pessoa que morreu de volta pois eles acham que as demais pessoas não estão sentindo a mesma dor que eles.

Mas para a sorte da Lennie antes que ela faça algo que provavelmente iria passar o resto da sua vida se arrependendo por ter feito, aparece o Joe com seu sorriso cativante e a ensina a identificar o verdadeiro amor.

O Joe precisou ter uma maturidade que muitos homens mais velhos não teriam tido. Primeiro teve que “forçar” uma aproximação e depois teve que entender e perdoar o erro da Lennie.

E a Lennie teve que amadurecer através de seu erro e da dor. Não só da perda da irmã mas a da falta de uma mãe presente em sua vida também. Algo bem difícil para uma garota de 17 anos.

Acho que o romance nos cativa mais pelo modo do Joe ser. Eu pelo menos me encantei com ele e sua constante alegria. Passei boa parte da leitura rindo com ele.

“O céu está em todo lugar” só precisamos aprender a olhar além das nuvens.

Jandy Nelson mora em São Francisco, e lá, assim como Lennie, divide seu tempo entre cuidar das árvores e correr livremente pelo parque. Jandy é uma agente literária, poetisa com livros publicados, e acadêmica eterna. Formada pelas universidades de Brown, Cornell e Vermont. É uma pessoa supersticiosa e uma romântica dedicada, loucamente apaixonada pela Califórina, e pela forma como esse estado continua firme na ponta de um continente. O céu está em todo lugar é seu primeiro romance.