Minha Montanha Russa de Emoções: (Entrevista) Autor Fernando Valverde

Oi Gente.

Nosso bate-papo de hoje é com o autor cuja história transpassa o limite existente entre o real e o imaginável. A crença na transformação individual para se chegar na coletiva. Com vocês Fernando Valverde:

1- Se apresente para nós. Diga nome, idade, se é casado, se tem filhos – humanos e/ou animal – e como as pessoas o veem.

Fernando Turtera Valverde é meu nome de batismo. Nandu Valverde é como me chamam os colegas da área que atuo: sou compositor e produtor musical de profissão; escritor, sou de paixão. Sou casado, tenho dois filhos e a terceira herdeira está a caminho, no ano que vem, 2016, ela estará conosco. Temos as três manas, que são as irmãs esquilas chinesas e o nosso canário Mini-Maite.

Sobre como me veem, é meio difícil saber. Ao meu redor tenho pessoas que retribuem o amor, a atenção e o companheirismo que gosto de dar a elas. Meus “opositores” nunca se manifestaram diretamente. Sei bem onde erro, conheço minhas fraquezas e sei que já chateei uns e outros, mas depois, e faço questão que seja assim, eu me arrumo com eles. Não quero peso em minhas costas, pois isso nos impede de voar alto.

Parabéns pela terceira herdeira. Ela trará muitas alegrias para a família e será um raio de sol a iluminar suas vidas.

Estes serão seus guardiões.

2- Descreva o seu livro O Vitral:

O Vitral é um livro suave e muito doce – foi isso o que ele me transmitiu quando o escrevi e também quando falo a seu respeito. As virtudes básicas e quase esquecidas do ser humano são ampliadas, colocadas em foco quando caminhamos juntos com o personagem central, o Addae.

Seja de forma metafísica, psicológica, real ou um fleche de pensamento, aquilo que o Addae experimentou em sua jornada é apresentado como sendo possível a qualquer pessoa experimentar. Transcender as coisas ruins da vida e ascender os valores que não são mecânicos ou automáticos como a amizade e a convivência fraterna baseada em princípios éticos e morais (não necessariamente puritanos pelo ponto de vista dogmáticos ou doutrinais, mas puritanos pelo ponto de vista do zelo e do respeito ao próximo, à sociedade e a natureza), a busca do conhecimento de si, o cuidado pela sua fé e suas crenças e o questionamento que lapida e purifica tudo isso, é o que experimentamos nesta obra. Como muitos dizem, O Vitral é um livro enigmático; as vezes eu digo que é ambíguo, mas isso é o que acontece com qualquer sugestão ou ideal que ultrapassa a linha do espaço e do tempo. Aos poucos as pessoas vão mergulhando nos mistérios nele contido, aos poucos as “fichas” estão caindo.

E tudo isso me deixa extremamente feliz!

3- Você já passou pela transformação que o Addae teve que passar na sua história?

Uma parte de suas experiências, poderia dizer a maior parte, eu já experimentei. Quanto a outra parte, só posso dizer que sigo firme na busca, pois tenho que chegar lá!

E chegará. O fato de querer seguir já demonstra o quanto está comprometido com você mesmo. E esta é a forma mais significativa para encontrar as respostas.

4- O que você costuma fazer nos seus momentos de lazer?

Gosto de viajar bem acompanhado, de preferência da família, dos familiares e dos amigos. Não sou muito diferente das pessoas que prezam pelas coisas boas da vida, como esvaziar a mente diante do mar, de uma cachoeira, em volta de uma mesa na presença de bons amigos, um bom vinho, de um bom papo e uma boa música. Sair com a minha esposa e namorar um pouco.

Gosto de ler e aprender. Amo fazer macaquices com os meus filhos, sobrinhos. Gosto de tocar violão, ver meu filho tocar piano.

É assim que eu me divirto; é assim que vivo os meus momentos de lazer.

Esta é a sortuda esposa que sai para namorar com o marido (que este namoro seja eterno).

5- Qual o seu gênero literário favorito? Cite alguns livros deste gênero para os leitores:

O gênero narrativo, preferencialmente o Romance. Poderia citar “O mundo de Sofia” e “O dia do curinga”, “O Senhor dos Anéis”. Em paralelo ao romance, sempre me interessei pelos gêneros Biografia, Sociologia, Ficção, Psicologia, Filosofia, Ciências Humanas, Geografia, História, enfim, onde posso citar autores como John Dominic Crossan, Josef Campbell, Albert Schweitzer.

Que diversidade. Por isso consegue transmitir tantas lições na sua história.

6- Tem previsão do lançamento do segundo volume?

Estou terminando o trabalho de pesquisa e ao mesmo tempo venho esboçando o enredo. Acredito que no segundo semestre de 2016 eu o tenha concluído. Quanto a lançá-lo, isso dependerá de forças maiores (risos), por isso prefiro não citar datas.

Resposta errada. Era para dizer que mais tardar no final de março estará nas livrarias kkkkkk

7- Qual a mensagem que você quis passar com a sua história?

Dentro daquilo que aprendi, a fé baseada no amor é a única ferramenta natural e pessoal capaz de extrair o que há de bom em nós – é o gatilho motivador da bondade humana, das boas intenções.

O livro sugere a fé em si, nos outros e naquilo que ordena tudo o que vemos e não vemos. A confiança e a coragem de ir além daquilo que é trivial. Ensina que não estamos sozinhos nesta jornada, e mais ainda, que não “podemos” ir sozinhos nesta jornada de crescimento intelectual, espiritual. A experiência é pessoal, única e exclusiva, mas deve ser assistida, acompanhada e compartilhada.

Não vivemos isolados em uma caverna, somos seres sociais, e é neste ambiente que temos que transcender. Somente assim seremos úteis colaboradores da mudança. E isso só pode acontecer de dentro (de cada um) para fora (sociedade).

Um Novo Modelo de Vida é o centro da mensagem, pouco explicado no livro “O Vitral”, isso porque antes de qualquer “novo” modelo de vida, tem que haver em cada um uma “nova pessoa” e o Addae nos dá a direção para tal evolução e capacitação.

O Novo Modelo de Vida é instaurado por pessoas que têm uma nova forma de se organizar e ver a vida. Não como vivemos hoje, de maneira isolada, de ideais particulares, mas como deve ser, em grupo, num só ideal, com pessoas focadas, mas de maneira pacífica, discreta e silenciosa. Esse novo modelo já está sendo semeado, “O Vitral” e a sua sequência são apenas ferramentas desta evolução.

Palmas. Muitas palmas.
Desejo do fundo do coração que as pessoas captem esta mensagem e a coloquem em prática nas suas vidas. Temos que buscar nossa evolução e ajudarmos quem está conosco na caminhada.

8- Você projeta o seu futuro ou deixa as coisas acontecerem?

Aprendi e com muito esforço a deixar as coisas acontecerem, mas acontecerem da forma que eu determinei. É preciso saber o que você quer, e é preciso saber esperar.

Exatamente. É preciso saber o que se quer para poder determinar a estrada a seguir. Esperar porém sem estar estagnado. Dar chance para que as coisas aconteçam no seu devido tempo.

9- Quais são os seus ídolos na literatura?

Graciliano Ramos, Monteiro Lobato, Albert Schweitzer, John Dominic Crossan, Josef Campbell, Machado de Assis, Jostein Gaarder.

10- Cite 10 livros de autores nacionais que te marcaram:

1- O Cachorrinho Samba, 2- Do outro lado da ilha, 3- A vaca voadora, 4- O Presidente Negro, 5- O Minotauro, 6- Vidas Secas, 7- Memórias do Cárcere, 8- Memórias Póstumas de Brás Cubas, 9- O Analista, 10- O Vitral.

11- Quem foi o maior exemplo de pessoa que você já conheceu?

Meus pais, sem sombra de dúvida.

Parabéns. Ter os pais como o melhor exemplo é uma dádiva.

12- Qual a melhor herança que uma mãe ou um pai pode deixar para o filho?

A prática do amor, da igualdade, do respeito e da importância de se organizar e viver como família.

Seus filhos serão pessoas especiais por receberem esta herança.

13- Você se inspirou em algum conhecido para criar um personagem?

Como citei em outras entrevistas, muitas pessoas me inspiraram. O personagem Addae pode ser você, eu. Ele não vive experiências de alguém, mas de muitas personagens do meu cotidiano.

Foi isso que o tornou capaz de atingir a evolução. Todos nós temos algo a ensinar e muito a aprender.

14- Quando está criando uma história precisa estar em total silêncio ou a inspiração surge até mesmo no meio do caótico trânsito da cidade?

A concepção da ideia nasce em qualquer lugar, mas comigo ela ganha forma no silêncio.

15- Deixe uma mensagem para os leitores:

Quero agradecer a você, Khrys Anjos, pela grande oportunidade de participar do blog Minha Montanha Russa de Emoções e partilhar as minhas experiências e histórias com seu membros e leitores. Deixo aqui meu muito obrigado pelo carinho com que tem tratado o livro “O Vitral”.

Muita luz, paz e amor a todos!

Gratidão!

Obrigada à você Nandu por fazer parte do MMRE. Espero que seu livro inspire os leitores a buscarem suas transformações também.

***

Adorei fazer esta entrevista e sentir esta energia positiva vinda do Nandu. É realmente muito inspirador ver que uma história não se resume a meras palavras escritas, mas a algo mais profundo.

Transmitir esse conhecimento é levar esperança para os leitores. E faz com que o transmissor se torne um mestre.

Tenho certeza que todos curtiram conhecer um pouco mais deste autor que irá ajudar na caminhada dos leitores na estrada mais difícil da vida: a do seu interior.

Um leve bater de asas *O:-) anjinho