Oi Gente.
A
entrevista de hoje é com uma autora muito especial pois ela possui o Sangue
Azul. Com vocês Ana Carolina Delmas:
1- Se apresente para nós. Diga nome, idade, se é casada, se tem filhos – humanos e/ou animal – e como as pessoas a veem.
Meu nome
é Ana Carolina Delmas, tenho 31 anos. Sou casada e temos uma filha linda de 3
anos chamada Maria Isabel, mas que atende por Bebel, princesa Aurora, Mavis
Drácula... Depende do dia. Também temos uma filha canina, a Filó, uma Old
English Sheepdog de 4 anos, outra figura. Sou escritora, historiadora,
pesquisadora, cozinheira e confeiteira amadora, professora, tradutora, esposa e
mãe - esse último papel é meu favorito, confesso. Não sei se as pessoas me veem
como multitarefa ou apenas confusa, mas adoro gostar de fazer muitas coisas
diferentes e de me divertir com isso.
Fiquei apaixonada por esta dupla.
Fiquei apaixonada por esta dupla.
2- Fale um pouco sobre Sangue Azul:
Amo ler,
desde pequena. E sempre gostei muito de escrever. Mas com a faculdade de
história e as atividades de trabalho, passei a me dedicar à escrita acadêmica.
Em um aniversário entre o Mestrado e o Doutorado, ganhei vários livros de
presente, alguns bons e outros... Foi aí que tomei coragem para escrever.
Pensei: se há tantas coisas diferentes escritas por aí, por que não me
arriscar? Além disso, eu sentia falta de um livro que juntasse a ficção
fantástica romântica direcionada ao público feminino com as aventuras que
normalmente se destinam aos meninos. Sentei um dia e coloquei em ordem várias
ideias que havia começado a anotar em meu computador. Foi então que Sangue Azul
começou. Criei uma linha para guiar a história e deixei a imaginação me levar,
tomando o cuidado com a pesquisa das informações históricas que eu queria
utilizar, e bebendo também na realidade das reportagens interessantes (como
Agatha Christie fazia). Sangue Azul então é um romance cheio de história,
suspense, aventura... É a história de Olívia, uma menina que como todas nós não
se dá muito crédito e se cobra demais. Mas que ao encontrar o parceiro certo
descobre que o mundo é muito maior e muito mais interessante do que ela, que
vivia sonhando nos livros, imaginava. Preciso dizer que esse parceiro, Nicolas,
é um vampiro, mas não confunda Sangue Azul com as histórias clássicas de
vampiros nem com as mais atuais. Prometo que segui um caminho diferente.
3- Tem algum personagem que foi inspirado em alguém da sua vida "real"?
Sim! Como
acontece com outros escritores, coloquei muito de mim na personagem principal,
e Nicolas foi totalmente inspirado em meu marido. Vianne e Leônidas reúnem as
qualidades de meus melhores amigos, pois infelizmente não haveria espaço para
homenagear a todos com personagens. E as queridíssimas irmãs Madlès (que é um
anagrama do sobrenome Delmas) são homenagens às minhas quatro sobrinhas lindas,
que são como filhas.
Que honra para eles.
Que honra para eles.
As queridíssimas irmãs Madlès.
4- Você acredita em Almas Gêmeas?
Acredito,
sim. Mas também acredito que há mais nessa história do que o envolvimento
romântico. Acho que existem almas afins, se preferir chama-las assim. Podemos
ser irmãos de almas com amigos, sobrinhos... Porém, voltando às almas gêmeas
que se amam incondicionalmente, acredito mesmo que é possível entregar o
coração para alguém especial e receber o dessa pessoa em troca.
Não precisa dizer mais nada. Basta olhar esta foto.
5- Qual o seu gênero literário favorito? Cite alguns livros deste gênero para os leitores:
Eu já
disse que sou uma pessoa de muitos interesses, né? Adoro romances, e histórias
de amor sempre me pegam de jeito, mesmo que não sejam aclamadas pela crítica.
Minhas autoras favoritas são Jane Austen (Persuasão, Orgulho e Preconceito,
Abadia de Northanger), Elizabeth Gaskell
(Norte e Sul), Jane Eyre, e apesar de amar livros do século XIX, não gosto
daquelas histórias cheias de tragédia. Talvez meu gênero favorito seja um final
feliz! Também amo ficção e aventura: Harry Potter, Senhor dos Anéis, As
Crônicas de Nárnia, os livros de Neil Gaiman... Recentemente descobri as
ficções científicas e distopias: os clássicos de Isaac Asimov, 1984, Admirável
Mundo Novo, e os mais recentes como Jogos Vorazes e a Seleção. Rick Riordan mora
no meu coração por juntar história e literatura. E, é claro, tenho procurado
autores brasileiros de todos os gêneros; adoro Eduardo Spohr e Raphael Montes.
Você é bem eclética. Gosto disso. As pessoas estão tão habituadas a lerem apenas um gênero que acabam por perder grandes oportunidades de conhecer histórias incríveis e autores maravilhosos.
Você é bem eclética. Gosto disso. As pessoas estão tão habituadas a lerem apenas um gênero que acabam por perder grandes oportunidades de conhecer histórias incríveis e autores maravilhosos.
6- Quem foi o maior exemplo de pessoa que você já conheceu?
Infelizmente
ainda não conheci meus ídolos. E acho
muito difícil responder a essa pergunta, porque admiro muitas pessoas. Serei
diplomática e escolherei uma personagem histórica que gostaria de ter
conhecido. Letrada, culta, política e corajosa: a imperatriz Leopoldina. E
tenho planos de escrever sobre ela.
7- Sua família apoiou a sua decisão de ser escritora? Como eles receberam a sua história?
Nunca
abandonei a carreira de historiadora, então não houve um choque como acontece
com muitos escritores. Comecei a mostrar rascunhos quando havia escrito cerca
de cinco capítulos. Minha sobrinha mais velha foi a primeira a ler, capítulo a
capítulo, sempre comentando e ajudando no processo de escrita. Depois se
juntaram a ela meu marido, minha mãe e algumas grandes amigas. O livro foi
praticamente um folhetim, pois elas acompanharam a construção da história pouco
a pouco, até o ponto final. E era sempre uma delícia ver que eles estavam
gostando e se envolvendo, fazendo o sacrifício de ler no computador e
devolvendo meus e-mails com muitos elogios.
A Bebel começou cedo a seguir os passos da mãe pela literatura.
8- Qual o seu personagem preferido? Por que?
Outra
pergunta difícil! É claro que Olívia tem um lugar especial, mas adoro Vianne.
Talvez porque eu sempre quis muito ser como ela, ter os dons que ela tem. Acho
que não posso dizer mais sem estragar a história... E gosto muito de Baruk
Naveen, um personagem que teve vida própria: foi concebido para seguir numa
direção e caminhou para o lado oposto sem que eu me desse conta.
Você foi tão diplomática que escolheu três preferidos kkkkkkkk
9- O que você costuma fazer nos seus momentos de lazer?
Adoro ir
ao cinema, ler, escrever, cozinhar para a família e os amigos, viajar, comer,
ouvir música e ficar com meu marido e minha filha. Ela já está se tornando uma
grande companheira para assistir filmes em casa e ir ao cinema. Uma das coisas
que mais gosto de fazer, e que por conta das atividades do dia-a-dia não posso
fazer muito, é virar a noite lendo. Ler um livro inteirinho de uma vez só!
Assistir filme só não, tem que estar caracterizada também.
10- Já tem algum projeto em mente? Quando teremos o prazer de conhecer mais uma história narrada por você?
Tenho
muitos projetos em mente. Além de ideias para outros livros que tenham muita
história e misturem gêneros literários, estou pesquisando para escrever alguns
livros de histórias para crianças. E preciso dar atenção ao meu blog, começar a
alimentá-lo de verdade. E é claro que sonho com a continuação de Sangue Azul.
Tenho uma trilogia planejada e a segunda parte já está em andamento. Agora é
torcer para que Sangue Azul ganhe o carinho do público para que suas continuações
possam se tornar realidade.
Estou aqui na torcida. E pode colocar todos esses projetos em
prática. Com o seu talento topo ler até bula de remédio se você escrever.
11- Quais são os seus ídolos na literatura?
São
muitos: J.K. Rowling (diva!), Jane Austen, Elizabeth Gaskell, as irmãs Brönte,
Neil Gaiman, Rick Riordan, J.R.R. Tolkien, George R.R. Martin, Jorge Luis
Borges, Carlos Ruiz Zafon, Shakespeare...
12- O que te deixa feliz?
Escrever
me deixa muito feliz, e ver que meu texto fez alguém feliz é uma sensação
indescritível. Uma crítica positiva ou saber que alguém se perdeu nas páginas
de Sangue Azul é sempre delicioso. Começar a autografar meus livros também foi
sensacional. Mas o que me deixa especialmente feliz é me divertir com a minha
família.
Então que sua vida seja uma eterna festa.
Então que sua vida seja uma eterna festa.
13- Se lembra para quem foi que você deu o seu primeiro autógrafo?
Meu primeiro
autógrafo foi no lançamento de Sangue Azul na Bienal de Belo Horizonte. Eu
estava em êxtase e não me lembro para quem foi, mas lembro de ficar muito
feliz. Meu primeiro autógrafo para a família foi para as minhas sobrinhas, as
irmãs Madlès. Dedicar o primeiro livro para quem torceu por ele não tem preço.
Sabe que até hoje não escrevi uma dedicatória em um exemplar para meu marido?
Fico querendo pensar em algo tão mirabolantemente especial que acabo não
decidindo o que escrever! E uma experiência que me marcou muito foi receber um
e-mail de uma fã mineira de treze anos, uma menina linda e insegura como
Olívia, filha de uma jornalista que recebeu o livro pela assessoria de imprensa
da editora Miguilim. Ela disse que tinha amado o livro e que eu tinha me
tornado a escritora favorita dela. Trocamos e-mails mas acho que ela não sabe o
quanto isso foi especial para mim. Além de me deixar radiante, me fez pensar
que talvez eu esteja mesmo no caminho certo e que é possível transmitir alegria
pelas páginas de meus livros.
Este é o seu dom: tocar profundamente a alma do leitor. Sua história não é de ficção, é de vida. Tenho certeza que todos que têm a chance de lê-la acabam se tornando seus fãs e quando a conhecem passam também a admirá-la como pessoa.
Este é o seu dom: tocar profundamente a alma do leitor. Sua história não é de ficção, é de vida. Tenho certeza que todos que têm a chance de lê-la acabam se tornando seus fãs e quando a conhecem passam também a admirá-la como pessoa.
14- Quando está criando uma história precisa estar em total silêncio ou a inspiração surge até mesmo no meio do caótico trânsito da cidade?
Quando estou
criando preciso de música. Mesmo no caos da cidade um par de fones de ouvido
faz milagres! Gosto de rock de diversos tipos, e em geral prefiro as músicas
sem letras, dos clássicos às trilhas sonoras de filmes e séries. Preciso tanto
de música para escrever que as bandas e compositores favoritos estão nos
agradecimentos do livro.
Solta o som...
Solta o som...
15- Deixe uma mensagem para os leitores:
Como
disse Neil Gaiman, errar é fundamental, porque significa estar tentando,
desenvolvendo, crescendo e se divertindo no processo. Acreditem em si mesmos e
não desistam de seus sonhos. Nunca parem de ler e de se transportar para outros
mundos. E para aqueles que gostam de escrever, tentem escrever todos os dias;
escrever ideias complexas ou inacabadas, trechos que venham à mente no ônibus
ou aquele sonho que você não esqueceu enquanto escova os dentes de manhã. Não
deixem de acreditar, como a minha filha, que um hipopótamo mora na montanha
perto da nossa casa ou que os elfos existem e nós apenas não sabemos. E,
principalmente, corram atrás do que os deixam felizes, pois assim as pessoas à
sua volta também ficarão felizes e a felicidade é contagiante.
Que mensagem mais linda. Agora virei fã da Bebel também. Ela está certíssima em acreditar que os elfos existem e o hipopótamo mora perto da sua casa. Espero que ela nunca perca esta inocência pois é isso que alimenta a magia.
Que mensagem mais linda. Agora virei fã da Bebel também. Ela está certíssima em acreditar que os elfos existem e o hipopótamo mora perto da sua casa. Espero que ela nunca perca esta inocência pois é isso que alimenta a magia.
***
Eu amei fazer esta entrevista. Conhecer um pouco mais da Ana e da Bebel foi um presente inestimável para mim.
Era fã da autora e me tornei admiradora da mulher e fã da filha também.
A felicidade que brilha nos olhos desta família é para emocionar quem a presencia. A luz que emana da Ana é tão forte que se espalha por onde ela passa e toca as pessoas mesmo que seja através da sua história.
Obrigada pela oportunidade de ser tocada.
Espero que tenham curtido este bate-papo e tenham sentido um pouco desta energia.
Era fã da autora e me tornei admiradora da mulher e fã da filha também.
A felicidade que brilha nos olhos desta família é para emocionar quem a presencia. A luz que emana da Ana é tão forte que se espalha por onde ela passa e toca as pessoas mesmo que seja através da sua história.
Obrigada pela oportunidade de ser tocada.
Espero que tenham curtido este bate-papo e tenham sentido um pouco desta energia.
Um leve bater de asas para todos!!!!
Khrys Anjos
Que legal que você a entrevistou! Muito bom saber mais sobre a obra delae que está a cada dia mais conhecida por todos.
ResponderExcluirSou amiga de uma escritora e ela tem total apoio da família, isso eu admiro muito, sabemos que escritores nacionais não são muito reconhecidos, mas tenho fé que um dia serão...
ResponderExcluirAmei o anagrama que ela fez, achei super legal (vou fazer tbm)
Se escrever muito te deixa feliz, imagina seus fãs, eles devem ter felicidade PLENA kkk
Parabéns pelo livro!!!
Legal! Gostei muito de conhecer a autora e seu lindo livro. Amei a entrevista que você fez com ela. Curti bastante as respostas que ela deu e vou ver se consigo ler seu romance. pois gostei muito.
ResponderExcluirBeijos.