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terça-feira, 27 de agosto de 2013

(Resenha) Paraíso - Deyse Ramos Nicoli


Título: Paraíso

Autora: Deyse Ramos Nicoli

Editora: Novo Século 
          
Páginas: 400

Edição: 1ª

Categoria: Ficção; Literatura brasileira






Sinopse:Esta é a história de uma mulher como muitas outras. Marcada por suas tragédias pessoais, cansada, sem expectativas ou sonhos, Débora deixa sua família e parte em busca de uma nova vida.
Sua fuga a levará a um lugar distante de tudo o que ela conhecia. Uma grande fazenda, localizada na pequena cidade de Vila Paraíso.
O lugar a surpreende de diversas maneiras. A paisagem é de tirar o fôlego, o novo trabalho é tudo o que ela precisava, e as pessoas, a extensão de sua própria família. Tudo parecia perfeito, mas Marcos, um dos donos da fazenda, vai macular a perfeição desse Paraíso.
Ele fará de tudo para afastar Débora de sua fazenda, transformando a tranquilidade de sua nova vida numa sucessão de acontecimentos surpreendentes e angustiantes.
Os dois irão travar uma batalha visando proteger suas feridas e esconder as cicatrizes que carregam dentro de si.
Porém, um poderoso sentimento surgirá entre eles, fazendo-os abandonar seus princípios e questionar sua própria sanidade.
Poderá esse sentimento apagar todas as cicatrizes que eles carregam?




*** 



Começamos a história indo de carona no carro da professora Débora até uma cidade do interior chamada Vila Paraíso. Vamos desfrutando da beleza da paisagem junto com ela.

Logo ao chegar conhece a Ângela que além de indicar o caminho até a Fazenda Boa Vista também faz uma recomendação muito importante sobre um dos donos da fazenda, o Marcos.

Já na fazenda Débora é recebida pela simpática Dona Carmem e conhece seus dois meninos Max, o deus grego, casado com a Eva e Léo “Don Juan”, o caçula.

Eva acaba fazendo a mesma recomendação sobre o Marcos, o que deixa Débora imaginando que irá conhecer o ogro Shrek em breve.

E ao resolver pegar uns CDs no carro a noite cai literalmente nos braços do ogro que na verdade é outro personagem famoso – o Wolverine. (suspiros, suspiros...)

Depois desta trombada seus encontros foram um tanto que explosivos. Ora de raiva, ora de paixão.

Marcos faz de tudo para repeli-la mas acontece exatamente o oposto. Quanto mais tentam se afastar mais são puxados na direção um do outro.

E depois de superar alguns obstáculos finalmente se rendem ao amor que os uniu naquela trombada.

Agora que já dei uma pequena noção da história vamos as minhas impressões:

Débora foi marcada no corpo e na alma por seu ex-namorado. Sofreu e após o período de “convalescênça” resolve recomeçar sua vida indo morar num local afastado para recuperar sua saúde mental.

Lá ela encontra pessoas maravilhosas que a recebem com os braços e os corações completamente abertos: Eva, que se torna sua irmã, Dona Carmem, que passa a ser sua segunda mãe e mais dois irmãos Léo e Max.

E também encontra aquele que a ajudará a restaurar sua alma ferida e a fará voltar a ter aquele brilho de vida no olhar.

Em contra partida ela terá que fazer o mesmo por ele pois Marcos também tem uma cicatriz em sua alma provocada por sua falecida esposa. Ele perdeu a capacidade de confiar.

A batalha enfrentada pela Débora e árdua. Fazer uma pessoa voltar a confiar é uma luta muito difícil pois é preciso ensiná-la a amar. Quem ama confia.

Eles são como polos elétricos, positivo e negativo, que soltam faíscas quando estão próximos tentando se afastar mas se aproximando cada vez mais até se unirem e se transformarem em um só elemento.

Apesar de seu nome ser Vila Paraíso seus habitantes não são Anjos. Temos uma serpente chamada Karla mas esta não oferece a maça para a Eva e sim para a Ângela.

E os demais moradores são pessoas comuns como nós com seus dramas, seus conflitos e seus medos que também precisam ser superados.

Cada superação é uma lição que enriquece ainda mais esta história. São situações que mostram que somente a partir do momento que decidimos nos tornar o único guia da carruagem da nossa vida podemos superar tudo que nos machuca e transformar as dores em degraus para a nossa verdadeira felicidade.

Não é um caminho onde iremos encontrar apenas as rosas. Iremos encontrar as roseiras com todos os seus espinhos super afiados prontos para nos ferirem. Mas quando aprendemos a lidar com os ferimentos também aprendemos como não deixar que esses espinhos voltem a cortar nossa pele. A dor é nossa melhor professora pois com ela absorvemos lições que a alegria não traz. Passamos, a saber, o que nos fere e como sanar esta ferida.

Muitas pessoas agem da forma mais fácil: fugindo. A própria Débora num determinado momento faz isso pois acredita que só assim poderá superar a dor. Ledo engano. Só superamos a dor quando a enfrentamos olho no olho.

Poder presenciar as superações que os personagens desta história passam é emocionante. Principalmente o encontro decisivo entre a Débora e o Marcos.

Só não irei pegar a estrada para fazer uma visitinha a esta Vila porque para este lugar ser o meu Paraíso teria que ser uma fazenda apenas de plantação de uvas. (Quem sabe consigo convencer a Deyse a escrever uma segunda história onde apareço por lá e transformo os moradores da fazenda em vegetarianos?)

E Deyse quando a Luiza, o Hugo e o André falarem novamente “Minha mãe sabe escrever livros” diga a eles que isso não é verdade. Diga que uma de suas leitoras pediu para informá-los que a mamãe deles tem um dom raro de contar uma história que toca não apenas nossos corações mas nossas almas. 



Um leve bater de asas O:-) anjinho  O:-) anjinho para todos!!!!

Khrys Anjos

2 comentários:

  1. Uau!!!!!!! Fiquei emocionada agora!!!!! Falou tudo o que precisava ser dito!!!!! Amo a história deste livro!!!!! Parabéns!!!!!!

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